quinta-feira, 29 de julho de 2010

Valdelice Bonifácio

Rachid Waqued/Blog do André
André Puccinelli e a vice Simone Tebet exibem folders publicitários em atos eleitorais


O governador André Puccinelli (PMDB) ainda não incorporou o papel de cabo eleitoral de seu candidato à presidência da República, José Serra (PSDB). Em eventos públicos, ele tem demonstrado neutralidade. Além disso, a presença do tucano no material de campanha do peemedebista é quase nula.
O governador virou até alvo de especulações nacionais. Reportagem do Correio Braziliense divulgadada na edição de ontem (28) aponta que Puccinelli vai deixar Serra fora da propaganda eleitoral.
Porém, Puccinelli não é o único que não vestiu inteiramente a camisa do tucano. Nomes do PSDB de expressão nacional também não têm priorizado a imagem e o nome de Serra como a cúpula tucana gostaria.
Conforme o jornal, Serra tem encontrado dificuldades para disseminar sua imagem em alguns palanques aliados. Material usado por aspirantes aos governos estaduais não prioriza o presidenciável. O nome e a foto do tucano não é destaque nos santinhos, nas faixas ou nos banners.
De fato, José Serra não é destacado no material de campanha distribuído aos eleitores até agora por Puccinelli ou por seus apoiadores. Em um folder de tamanho grande amplamente difundido citando as realizações do governador, o nome de Serra sequer é mencionado.
A assessoria de comunicação social de Puccinelli negou a intenção de excluir o tucano, como mencionou o Correio Braziliense.
Porém, não há uma definição sobre a campanha casada. A coligação “Amor, Trabalho e Fé” ainda não teria discutido o assunto, mas, conforme a assessoria, as campanhas para governo do Estado e presidente da República já “têm sido feitas paralelamente”, independente do casamento nos materiais de campanha.
No evento na chácara Toca da Onça, do deputado Paulo Corrêa (PR) em Campo Grande, Puccinelli deixou as lideranças livres para escolherem seu candidato à presidência da República. “ (...) vou votar em mim, é lógico, e de vocês [prefeitos, vice-prefeito e cabos eleitorais do deputado do PR], quem votar na Marina, tá bem votado, quem votar no Serra, tá bem votado, quem votar na Dilma, tá bem votado também, desde que votem por convicção”, disse durante o discurso.
Conforme a assessoria de comunicação, a fala de Puccinelli não significa que ele não esteja empenhado na campanha de José Serra. A justificativa é de que Puccinelli recorreu a um discurso respeitoso em relação ao PR que, nacionalmente, apoia a presidenciável petista Dilma Rousseff.
O governador pretende, ainda de acordo com a assessoria, respeitar o posicionamento de todos os seus aliados cuja orientação nacional não seja pelo apoio a José Serra. Puccinelli declarou apoio ao tucano contrariando o interesse da cúpula nacional do PMDB que queria que ele estivesse com Dilma.
Nem na internet, os candidatos a governador se lembram de Serra. Puccinelli, por exemplo, não faz qualquer citação a Serra em seu blog oficial http://www.andrepuccinelli.com.br. O próprio Geraldo Alckmin, candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, também não privilegia Serra em seu site.
Em relação à propaganda na televisão, sobre a qual pairam dúvidas se Serra poderia ou não aparecer ao lado de André, visto que o PMDB está aliado a Dilma, a assessoria informou que tal assunto ainda não foi discutido internamente na coligação.
Ou seja, ainda não se sabe se Serra marcará presença na propaganda eleitoral local ao lado de Puccinelli o que pode tornar ainda mais difícil a vinculação dos dois candidatos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

No site da Transparência Brasil, uma lista baseada na primeira prestação de contas de Ary Rigo nas eleições de 2006 aponta que a H2L, hoje beneficiada com a confirmação do contrato milionário, representava sozinha quase 15% do custeio total da campanha que o elegeu.

Empresa H2L custeou 5.080 dos votos que elegeram Ary Rigo, atual primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e o Estado paga a conta


Rádio Web de Anastácio (PaineL do CoroneL PaiM)

Rigo faz campanha e MS paga a conta (Do Blog "Compra de votos e de mandatos"


Rigo repassa 1,8 mi para doadora da sua campanha  (MIDIAMAX NEWS)


Assembleia confirma contrato de R$ 1,8 mi com principal doadora na campanha de Rigo


Éser Cáceres


A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul publicou nesta quarta-feira (21) o extrato do processo licitatório que garantiu para a H2L Equipamentos e Sistemas LTDA um contrato de R$ 1.857.000,00 (Hum milhão e oitocentos e cinqüenta e sete mil reais) pelo aluguel de impressoras.


A empresa foi a principal doadora na campanha para deputado estadual de 2006 do atual primeiro secretário da Casa, Ary Rigo (PSDB), que é candidato à reeleição.


As supostas coincidências são assunto pelos corredores da ALMS muito antes de os processos de licitação terem sido realizados em junho, às vésperas da regulamentação da Lei da Transparência.


Aqui dentro tem algumas áreas na prestação de serviços e fornecimento de material que todo mundo já sabe quem comanda. Isso aqui é como um loteamento. Cada um já tem sua área", compara um servidor público concursado que há quase três décadas trabalha na Assembleia Legislativa.


Falar abertamente sobre o tema, ninguém aceita. "Não sou nem louco de me expor. Ainda acho que você nem vai conseguir publicar nada disso que estamos conversando", duvidava o servidor ao falar com a reportagem.


“Nem tudo que é legal, é moral”


O deputado estadual Marquinhos Trad, questionado sobre a suposta coincidência, se limitou a dizer que não se sentiria “confortável” na situação.

“Se a empresa fez uma doação mesmo, a mim causaria desconforto. Agora, temos que diferenciar o lado da empresa privada, que tem direito de concorrer nas licitações de órgãos públicos como as demais. Se cumpriram todos os requisitos do processo, é um direito deles. Essa situação me lembra aquela expressão que diz: nem tudo que é legal, é moral”.

A H2L, do empresário Rodolfo Pinheiro Holsback, é prodigiosa no fornecimento de produtos e serviços para inúmeros órgãos do poder público sul-mato-grossense. Procurada para falar sobre a "ajuda" de R$ 110 mil reais que deu na campanha de Ary Rigo em 2006, quando ele foi eleito para o mandato que está acabando agora, a empresa disse que não tinha como confirmar a doação.

"Os documentos não ficam aqui e esse tipo de assunto precisa ser tratado com o dono da empresa. Não tenho como confirmar, mas não estou dizendo que não possa haver. O senhor Rodolfo está de férias, e como nossa contabilidade é feita fora do estado, não tenho essa informação nem como confirmar sobre a doação", justificou Ana Fátima Recalde, gerente administrativa da H2L.


Mas a própria prestação de contas de Ary Rigo no Tribunal Regional Eleitoral de MS confirma. Segundo os dados oficiais prestados ao TRE-MS por Sérgio Santo Rigo, que foi o responsável pela administração financeira da campanha do irmão deputado, a H2L fez uma transferência eletrônica de R$ 100 mil em 25 de setembro de 2006 e doou um cheque de R$ 10 mil exatamente há quatro anos, no dia 21 de julho.


Com o total, de R$ 110 mil reais, a H2L é a principal doadora individual listada. Mesmo assim, nem o deputado, nem o irmão dele disseram se lembrar da ajuda recebida sem consultar documentos.


H2L disputou sozinha no pregão


O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de MS, procurado para falar sobre o assunto, impôs condições à reportagem. "Vou te dar só três perguntas. Faz aqui mesmo e eu já te respondo agora o que você quer saber", disse. Questionado sobre a lisura do processo licitatório, Rigo destacou que tem plena tranquilidade.


No pregão presencial que fez parte do processo licitatório vencido pela doadora de campanha do primeiro-secretário, apenas três empresas participavam. Além disso, o pregoeiro da ALMS, Marcos Antonio Silva, declarou como desclassificadas as empresas Futura e Print Cópia. Com a decisão administrativa, apenas a H2L foi habilitada para a fase de lances.


"Não tem nada de errado com a licitação. Se tiver algum problema, sou o primeiro a cancelar tudo. Não sei porque você estão mais preocupados com isso do que as empresas que perderam. Não vi nenhuma empresa reclamando, só esse jornal", disse.


Ninguém lembra...

Porém, quando a pergunta foi se a empresa H2L tinha feito alguma doação na campanha eleitoral de 2006 dele, o deputado parou para pensar. "Não! Aliás... Não sei. Isso ai tem que ver com o meu irmão, que é quem cuida disso para mim", disse Ary Rigo, encerrando a entrevista, que foi gravada.

Sérgio Rigo, o irmão do deputado, também disse que não teria como confirmar a doação. "Essas coisas não é assim. Tem que olhar lá. Essas coisas já têm quatro anos. Vou ver e depois te confirmo", disse por telefone celular à reportagem.


H2L custeou quase 15% da campanha de Rigo em 2006


A prestação de contas da campanha de 2006 do deputado Ary Rigo é um dos processos com maior volume no arquivo do TRE-MS. As informações iniciais não foram aprovadas porque uma escuta durante investigação policial criminal detectou que Hyran Georges Delgado Garcete, havia feito uma doação de R$ 35 mil que não constava nos registros apresentados por Rigo.


Os dados foram todos corrigidos e a prestação foi finalmente aprovada. Além da H2L, com a maior quantia individual de doação, outros 23 doadores colaboraram para o deputado reunir os R$ R$ 752.717,00 que informou ter gasto na campanha.


R$ 21,65 por voto


No site da Transparência Brasil, uma lista baseada na primeira prestação de contas de Ary Rigo nas eleições de 2006 aponta que a H2L, hoje beneficiada com a confirmação do contrato milionário, representava sozinha quase 15% do custeio total da campanha que o elegeu.


Cada um dos 34.767 votos de Ary Rigo custaram, de acordo com os dados apresentados na segunda prestação de contas, já com as doações não declaradas e flagradas pela escuta policial, R$ 21,65. Assim, a doação da H2L custeou 5.080 dos votos que elegeram o atual primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

domingo, 18 de julho de 2010

Zeca do PT diz que vai indicar Senador Valter Pereira para coordenar campanha de Dilma (Postado pelo CoroneL PaiM, candidato a Deputado Estadual - 12777)

Midiamax News Diminuir texto

Éser Cáceres


O sábado (17) foi marcado por anúncios políticos que agitam o cenário da sucessão estadual. O senador Valter Pereira (PMDB), que já havia anunciado o rompimento com o governador André Puccinelli, candidato peemedebista à reeleição, declarou o apoio oficial a Zeca do PT em ato público com mais de 50 correligionários do PMDB em Dourados.

Com a decisão, o senador disse acompanhar o diretório nacional do PMDB, que indicou Michel Temer como candidato a vice-presidente da petista Dilma Roussef. O anúncio torna oficial o racha na base peemedebista de Mato Grosso do Sul.
"André ainda não comentou"
Procurado para comentar a decisão do correligionário, o governador André Puccinelli (PMDB), candidato à reeleição, segundo a assessoria de campanha, ainda não se manifesta sobre o anúncio.
Na ocasião, o candidato a governador Zeca do PT agradeceu o apoio e explicou que não tem o PMDB como adversário.
"PT e PMDB estão unidos nacionalmente em defesa das candidaturas de Dilma Rousseff e Michel Temer para presidente e vice-presidente da República. Sabemos que o PMDB teve papel estratégico na viabilidade do governo Lula, além disso é sucedâneo do MDB, mais importante partido na reconquista da democracia", disse.

"Minhas diferenças são com uma pessoa que desrespeita o próprio PMDB. Eu não concordo com a arrogância, a soberba, o autoritarismo", ressaltou Zeca do PT para as dezenas de lideranças que estavam na reunião.

Participaram do ato público a candidata a vice-governadora de Zeca, Tatiana Azambuja Ujacow (PV), que é de Dourados, e o candidato a senador Dagoberto Nogueira (PDT).

Coordenação regional na campanha de Dilma

Outra novidade política foi o anúncio, por parte de Zeca do PT, de que vai apresentar o nome do senador peemedebista Valter Pereira para coordenar regionalmente a campanha de Dilma Roussef em Mato Grosso do Sul.

O candidato do PT disse que na próxima quarta-feira deve viajar até Brasília para se reunir com o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, e com os coordenadores nacionais da campanha de Dilma e Temer.

"Vou levar meu aval para que o Valter Pereira seja o coordenador da campanha da nossa candidata e de Michel Temer no Mato Grosso do Sul. Além disso, no governo democrático e de coalizão que pretendo montar, certamente o PMDB do bem, que tem hoje no Valter sua grande liderança, juntamente com diversos vereadores, prefeitos e ex-prefeitos que não agüentam nem concordam mais com o ranço do autoritarismo, terá espaço garantido”, sinalizou.

Segundo a assessoria de campanha de Zeca, o apoio anunciado neste sábado em Dourados reforça uma tendência. "A vinda dos peemedebistas de Dourados e região se soma à chegada de dirigentes e filiados a vários outros partidos que estão formalmente coligados com André Puccinelli, mas que não reproduzem nas bases essa aliança".

"Na segunda maior cidade do Estado, Zeca já recebeu também apoios de políticos do DEM, do PR e do PTB", informaram. Zeca deve continuar até o domingo (18) em Dourados, quando tem agenda com professores e alunos da UEMS, reunião com líderes evangélicos, com membros da Colônia gaúcha e deve participar de noite do 21º Fegams (Festival da Cultura Gaúcha de Mato Grosso do Sul).

Divulgação (Ernesto Franco)
Zeca e Valter Pereira se encontraram em Dourados; vice Tatiana Ujacow e Dagoberto Nogueira

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Governo de MS recorre para manter lista e valores do Vale Renda em ‘segredo’

Midiamax News
Celso Bejarano
O governo de Mato Grosso do Sul entrou com recurso na semana passada contra a decisão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS) que havia dado ganho de causa em junho a um vereador que havia movido um mandado de segurança com a intenção de obter informações dos valores e números de famílias favorecidas com o Vale Renda, projeto estadual que distribui dinheiro a famílias carentes.
Essa disputa judicial dura desde junho de 2009 quando o vereador do município de Sete Quedas, Paulo Cesar Barbizan, do PMDB, mesma sigla do governador André Puccinelli, um resistente à ideia da divulgação da lista solicitada pelo parlamentar.
No dia 14 de junho deste ano a 2ª Vara Cível do TJ-MS concedeu o direito ao vereador, contudo, no dia 6 do mês seguinte, a Procuradoria Geral do Estado, protocolou um recurso contra a decisão, por meio da medida conhecida no meio jurídico como embargados de declaração em mandado de segurança. Antes, Barbizan havia conquistado duas vitórias judiciais, também protestadas por meio de recursos.
A questão será definida pelos mesmos cinco desembargadores que concederam o mandado de segurança ao parlamentar. A 2ª Vara Cível promove audiências todas às segundas feiras do mês. Não há uma data definida para o desfecho da briga do vereador.
Em entrevista a este site, antes da decisão que amparava o desejo do vereador, em junho, o governador disse que acataria a determinação judicial, isto é, se o TJ-MS mandasse o governo a revelar a lista dos beneficiados com o Vale Renda, ele iria cumpriu a ordem.
Hoje, no entanto, ele não quis tratar do assunto. Puccinelli fazia uma caminhada eleitoral no bairro Dom Antonio Barbosa, um dos mais carentes de Campo Grande, região habitada por famílias que captam recurso por meio do Vale Renda. “Vamos falar só de campanha hoje”, avisou o governador, que cumprimentava os moradores.
O vereador, também em entrevista ao Midiamax, disse ter buscado ajuda judicial por suspeitar que o programa estadual esteja favorecendo amigos dos políticos, ao “invés de contribuir com os carentes”.
Ele narrou ainda não compreender a razão de a Secretaria de Assistência Solidária negar a relação com os favorecidos do benefício. “A verba é pública e eu sou vereador, fiscalizador desses recursos”, protestou.
Note trecho da ação judicial do vereador: “Paulo César Barbizan impetra mandado de segurança com pedido de liminar contra Secretário de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária de Mato Grosso do Sul em razão da recusa da autoridade coatora em fornecer informação em relação às famílias cadastradas no Programam Social Vale Renda com os respectivos valores percebidos por cada família.
“Suscita em apertada síntese o seguinte: “que o impetrante na condição de Vereador da Comarca de Sete Quedas requereu à autoridade impetrada que prestasse informação em relação às famílias cadastradas no Programam Social Vale Renda com os respectivos valores percebidos por cada família sendo que a mesma foi indeferida. Bate às postas do Judiciário pleiteando liminarmente estas informações”.
Informação divulgada no fim do ano passado afirmava que o governo aplica algo em torno de R$ 78 milhões anuais no Vale Renda, programa que favorece cada família com R$ 120 mensais. O governo estadual sustentava ainda que o projeto já é fiscalizado por órgãos estaduais.
O projeto em questão posto em prática em novembro de 2008, entrou no lugar de outro programa criado pelo então governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. A diferença de um plano do outro: o primeiro distribuía cestas básicas e, o de agora, dinheiro.
Como funciona o programa
De acordo com o site oficial do governo de MS, o recadastramento do Vale Renda, benefício que substitui os programas sociais que foram suspensos no início de 2007, começou em novembro de 2008. Inicialmente, foram recadastradas as famílias que já recebiam algum tipo de auxílio do governo estadual. Para ter direito ao Vale Renda, afirma o site, o principal critério é ter renda familiar per capita inferior ou igual a meio salário mínimo; o segundo é residir no Estado há pelo menos dois anos.
Beneficiados pelo Vale Renda não poderão estar enquadrados em programas assistenciais do governo federal ou municipal a menos que o valor recebido seja inferior a meio salário mínimo, ou que haja integração entre as iniciativas governamentais no setor.
Enquanto beneficiárias, as famílias do Vale Renda terão ainda de frequentar cursos profissionalizantes ou de geração de renda, manter as crianças na escola, prestar serviços à comunidade e, em casos de membros analfabetos ou semi-analfabetos, participarem de cursos de alfabetização de jovens e adultos. Todas essas medidas adotadas pelo governo, diz o site, são para garantir a inclusão social dessas famílias, para que posteriormente não necessitem mais do auxílio financeiro do Estado.

domingo, 4 de julho de 2010

Semana: Puccinelli perde aliados para Zeca e aluguel de avião pode acabar na Justiça (Coronel Paim - 12777)

Midiamax News
Valdelice Bonifácio
 
Mesmo após as convenções partidárias, os grupos de André Puccinelli (PMDB) e Zeca do PT continuaram a disputa por partidos políticos para fortalecer suas coligações, briga que terá fim na segunda-feira, dia 5, data final para registrar as candidaturas no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul. No dia seguinte, estará aberta a campanha eleitoral e, conseqüentemente, o embate mais esperado da política estadual. Puccinelli que se viu em uma situação confortável por ter ao seu lado 16 partidos políticos sofreu baixas nesta semana. Primeiro perdeu o PSDC que estava fechadíssimo até se desentender e mudar de lado. Pediu abrigo no grupo de Zeca do PT e participará da aliança com petistas.
Depois foi o PSC que trocou a aliança com Puccinelli por uma vaga de suplente de senador. Pedro Chaves representará o partido na primeira-suplência do senador Delcídio do Amaral (PT). O PMDB não engoliu a atitude.
A sigla questiona a possibilidade legal de Chaves que estava na presidência da Junta interventora da Santa Casa ocupar a suplência. Para o partido do governador, Chaves deveria ter deixado o cargo seis meses antes das eleições, mas como não o fez não pode concorrer.
O PSC, por sua vez, diz que não há irregularidade visto que fez uma ampla consulta jurídica que confirmou o nome de Chaves. O argumento é de que ele estaria no comando de uma entidade privada não do Poder Executivo.
Com a chegada do PSDC e PSC, Zeca irá às eleições com nove partidos em sua coligação.
Confusão eleitoral
Além da disputa entre Puccinelli e Zeca por partidos, a semana trouxe ainda outra bola de confusão para as coligações locais. Ao responder uma consulta, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) definiu candidatos a governador, vice e senador não poderiam exibir imagens de candidatos à Presidência ou seus aliados caso sejam adversários na disputa pelo Palácio do Planalto. Assim, Puccinelli não poderia receber José Serra (PSDB) em seu programa eleitoral e nem Zeca usaria imagens de Dilma Rousseff (PT).
Com medo de perder tempo de propaganda nas campanhas regionais, o PT nacional chegou a anunciar uma orientação que também gerou controvérsias. Sugeriu aos diretórios regionais que rompessem com partidos aliados que tivessem outros candidatos à presidência da República.
De pronto, o PT regional informou que tal orientação não atingiria a aliança local com o PV que indicou a candidata a vice-governadora na chapa de Zeca, a advogada Tatiana Ujacow.
Na verdade, o próprio TSE ainda não referendou a resposta e promete reexaminá-la em agosto. Dependendo da decisão do órgão, o PT pode ter que fazer valer sua orientação, mas se restringirá aos grandes centros e aos estados onde não prejudicar os candidatos a cargos majoritários.
A candidata à presidência do PT, aliás, tem preferência na bancada federal do Estado. Um levantamento feito nesta semana pelo Midiamax apontou que a maioria dos congressistas prefere Dilma a Serra.
Dos 11 parlamentares federais de Mato Grosso do Sul, seis declararam apoio à petista, dois pedirão votos para o tucano José Serra, dois estão indecisos e um não revelou como se posicionará. Entre os senadores, a petista conta com Delcídio do Amaral, também do PT, e Valter Pereira, do PMDB. Apenas Marisa Serra (PSDB) está com Serra.
Na Assembleia Legislativa, a situação se inverte. Dos 24 parlamentares estaduais, 15 estão com Serra, oito com Dilma e um com Marina Silva, candidata do PV à presidência da República.
A polêmica do Avião
Ainda nos limites da Assembleia, outro fato marcou a semana no meio político. A licitação de empresa de fretamento de aviões para transportar os deputados estaduais que começou de maneira estranha continua dando problemas.
A mesma empresa que conseguiu impugnar a primeira data marcada para realização do pregão (foram constatadas irregularidades no edital) ameaça ir à Justiça contra o resultado do certame finalmente realizado no dia 1º de julho.
A Amapil Taxi Aéro foi desclassificada por supostamente ter chegado minutos atrasada ao início da licitação. A MS Taxi Aéreo saiu vencedora, mas a Amapil estuda contestar o resultado judicialmente.
Em pleno ano eleitoral, a contração do serviço gerou polêmica e não custará preço de banana. O contrato vai prever o desembolso de R$ 1,2 mil por hora de voo em um avião bimotor convencional e R$ 5,3 mil por hora de voo no bimotor turbo hélice.
Prefeito X Câmara
A semana foi marcada ainda pela irritação do prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) com a Câmara da Capital. Vereadores, liderados pelo presidente da Casa, Paulo Siufi, se movimentam contra a não fiscalização do cumprimento de leis municipais.
Através da imprensa, Nelsinho pediu aos vereadores que mudem de atitude. “Os vereadores têm que ir para os bairros, sujar os sapatos e deixar de lado o ar condicionado, onde ficam só fazendo leis. Leis nós já estamos cansados de ter”.
A Câmara respondeu com uma atitude que partiu da vereadora petista Thais Helena. Os vereadores farão um levantamento aprofundado sobre leis que não saíram do papel e emendas aprovadas ao Orçamento da Capital que a prefeitura não atendeu. “Ela deveria sujar o pezinho dela nos bairros”, devolveu o prefeito garantindo que tem sim atendido às emendas parlamentares ao Orçamento. 
Colaboraram: Celso Bejarano, Jacqueline Lopes e Liziane Berrocal

sábado, 3 de julho de 2010

Coligação “A Força do Povo” lança mais de 100 candidatos (Coronel Paim 12777)

Escrito por Bosco Martins    



Respeito por você” é o lema da campanha da aliança que dá sustentação à chapa Zeca do PT/Tatiana Azambuja ao governo do Estado, denominada A FORÇA DO POVO. 
Ao todo, concorrem mais de 100 candidatos pela aliança, integrada por oito partidos: PT – PV – PDT – PP – PCdoB – PSL – PRP e PSDC. 

É a mais forte conjugação política liderada por Zeca do PT em disputas pelo governo do Estado, não só pela quantidade, mas pela representatividade dos partidos e pela densidade eleitoral dos candidatos.

A aliança vitoriosa em 1998, denominada “Movimento Muda Mato Grosso do Sul”, era integrada por seis partidos: PT – PDT – PPS – PAN – PSB e PCdoB.

Em 2002, Zeca se candidatou à reeleição e conseguiu reunir também oito partidos na coligação “O Novo Mato Grosso do Sul”, porém com exceção do PT e PL, as demais podiam ser consideradas siglas pequenas: PSL – PTN – PSC – PSDC – PSD e PCdoB.

O PT contribui com a chapa majoritária indicando o candidato a governador, Zeca do PT, o candidato a senador, Delcidio do Amaral e a suplente de senadora, Gilda dos Santos.

O PDT fortalece a chapa com o candidato a senador Dagoberto Nogueira, deputado federal de destaque, tendo sido líder do PDT na Câmara e o único de Mato Grosso do Sul a integrar a lista dos mais influentes do Congresso Nacional, segundo o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

A adesão do PV trouxe à aliança a candidata a vice-governadora Tatiana Azambuja, advogada, professora de Direito e produtora rural, que contempla ao mesmo tempo a região de Dourados, a classe ruralista e a mulher.

Ao PP coube indicar o segundo suplente de Dagoberto Nogueira, o pastor evangélico, ex-vereador e empresário Raimundo Nonato.

Na disputa pelas oito vagas à Câmara Federal a aliança lança apenas uma chapa, com 24 candidatos. 

Já na eleição para as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, a aliança se divide em três chapas – PT e PP, PDT e PSL, PV – PCdoB – PRP e PSDC – e lança 72 candidatos.

Entre os candidatos a deputado federal estão nomes como Antônio Carlos Biffi (PT), Antônio Cruz (PP) e Vander Loubet (PT), que concorrem à reeleição; João Grandão, ex-deputado federal pelo PT, Moacir Abreu, presidente do PCdoB; e Valdir Cardoso (PSL).

Quatro deputados estaduais – Amarildo Cruz, Paulo Duarte, Pedro Kemp e Pedro Teruel, todos do PT – tentam a reeleição; os vereadores de Campo Grande Cabo Almi (PT), Taís Helena (PT), Marcelo Bluma (PV), Paulo Pedra (PDT) e Alcides Bernal (PP), os ex-prefeitos Felipe Orro (Aquidauana, do PDT), Laerte Tetila (Dourados, do PT), o ex-vice-governador George Takimoto (Dourados, do PSL), Alceu Bueno (PSL), são alguns nomes que disputam vagas na Assembleia Legislativa.

O tempo de rádio e televisão da aliança soma 16 minutos e 15 segundos, divididos em dois blocos.

Comentário do Blog:


São candidatos, também, na coligação A Força do Povo: Pastora Simone Paim  (Deputada Federal 1236) e Coronel Paim (Deputado Estadual 12777)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Zeca antecipa que quer atacar impostos e rever social (Coronel Paim)

O ex-governador Zeca do PT antecipou nesta manhã, durante convenção estadual do partido, o tom da campanha que se inicia neste mês, a partir de críticas ao atual governo e apresentação de proposta.

Aos petistas presentes no encontro, disse que sua primeira ação de governo, caso seja eleito no dia 3 de outubro deste ano, é reduzir a carga tributária, principalmente das empresas ligadas ao Simples (Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte).

Para o ex-governador, as pequenas e médias empresas de Mato Grosso do Sul estão sendo bitributadas, o que precisa ser mudado.

Zeca também coloca como plano de governo mudanças no critério de recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Hoje, segundo ele, o empresário paga o imposto de forma antecipada, quando a cobrança poderia ser feita sobre a margem de comercialização.

Zeca propõe ainda uma rediscussão sobre o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul). Entre ações, ele vai propor que parte da verba recolhida seja destinada à promoção (leia-se Marketing) da carne e dos grãos produzidos no Estado.

O ex-governador também comentou sobre seus planos de recompor a infraestrutura de transportes em Mato Grosso do Sul, o que ele prefere chamar de integração intermodal.

Zeca reforça ainda sua vontade de intensificar o diálogo com as entidades organizadas e os movimentos sociais. Para isso, pretende criar conselhos regionais para trabalhar em parceria com as prefeituras.