domingo, 31 de janeiro de 2010

Murilo Zauith rejeita interferência de Puccinelli (Valdelice Bonifácio)

Sempre afinado com o governador André Puccinelli (PMDB), o vice Murilo Zauith (DEM) ficou contrariado com a declaração dada ontem pelo chefe do Poder Executivo durante evento na nova sede do PMDB, em Campo Grande. Pré- candidato à reeleição, André mencionou que poderia até se afastar de suas funções durante a campanha, caso o vice desistisse de concorrer ao Senado e assumisse o governo.

Ocorre que disputar o Senado é um antigo sonho de Murilo e, hoje, um projeto do BDR (Bloco Democrático Reformista), composto por DEM, PSDB e PPS. “A candidatura não é só minha, mas do grupo todo. Ele tem que conversar com o bloco. Afinal, ele vai ou não se aliar ao bloco?”, questiona Murilo que até agora não ouviu uma palavra do governador sobre aliança para as eleições.

O vice-governador demonstra não ter gostado do que ele chamou de “interferência” e de “palpite” de André no projeto do seu grupo político.

“Primeiro ele teria que conversar com o bloco sobre a aliança. Por enquanto, ele não pode interferir na minha candidatura que, aliás, é do BDR”, mencionou. “Se não falar com o grupo antes, ele não pode dar palpite no nosso projeto”, reforçou.

O democrata explica que não se negaria a um diálogo com André sobre a possibilidade de permanecer no governo. Contudo, esclarece que sua desistência em concorrer ao Senado dependeria de outra questão.

“O bloco não abre mão da vaga ao Senado. Assim, nós precisaríamos de outro nome com possibilidade de vencer as eleições, ou seja, teria que surgir uma liderança que aparecesse nas pesquisas de intenção de votos com índices iguais ou superiores aos meus”, detalha.

Por enquanto, Murilo continua engajado em sua candidatura ao Senado. Hoje, ele está no município de Antônio João, na companhia do seu parceiro de sigla, o deputado estadual Zé Teixeira e o presidente regional do PSDB e também deputado estadual Reinaldo Azambuja. Lá, ele participa de uma festa a convite do prefeito Juneir Marques (PSDB).

Murilo não precisa se afastar da vice-governadoria para concorrer ao Senado, porém não pode assumir a cadeira do titular a partir de 4 de abril, do contrário fica inelegível.

O vice-governador teria ainda uma oportunidade de assumir o comando do Estado em fevereiro, mas não o fará. Ele acompanhará o governador em viagem internacional de 13 a 23 de fevereiro. André e comitiva devem percorrer Roma e as cidades russas Moscou e St. Petersburg.

Neste período, quem assumirá o governo do Estado é o presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB). A Casa de Leis ficará sob o comando do petista Pedro Kemp.

Uso da máquina



Ontem, durante evento do PMDB, na presença do governador do Parará e pré-candidato à presidência da República, Roberto Requião, André não só anunciou o desejo de se afastar na campanha, como também explicou seus motivos.

“Isso para ninguém dizer que estou usando a máquina. E vir com desculpinhas, que bateu na trave, ou que o juiz robou”, finalizou o governador de MS.





terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dagoberto insistirá para que Schimidt fique no comando no PDT



Alessandra de Souza
Dagoberto diz que estará muito envolvido na campanha e não poderá cuidar do PDT

Valdelice Bonifácio

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) que trabalhou para destituir Ary Rigo da presidência do partido em Mato Grosso do Sul não quer para si o comando da legenda. Hoje, ao participar do lançamento da 72ª Expogrande no Parque de Exposições Laucídio Coelho, ele disse que insistirá para que o presidente interino João Leite Schimidt continue no posto.

Ocorre que em entrevista ao Midiamax no dia 12 de janeiro, Schimidt reiterou que não quer presidir o partido no Estado e que ficará na função só até abril quando pretende convocar as eleições internas do partido.

Ele gostaria que Dagoberto se apresentasse para concorrer à presidência do partido. Mas, o deputado resiste. “Tenho muita coisa para fazer. Vou concorrer ao Senado.

Vou insistir para que seja o Schimidt. Ele é um nome isento. Tem respeito da classe política e não é candidato a nada o que é melhor para o partido”, avalia.

Na mesma ocasião, Dagoberto reiterou que o PDT vai se aliar ao PT nas eleições de outubro. “Foi o PT quem ofereceu vaga ao Senado ao PDT. Estaremos com eles”, mencionou.