quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quase ex-pedetistas, deputados não revelam destino




João Prestes e Valdelice Bonifácio

O deputado Onevan de Matos disse que ainda não está definido que rumo ele e os outros três parlamentares estaduais devem tomar, mas confirma que a “tendência” é que todos saiam do PDT.

A crise no partido se complicou após a intervenção da executiva nacional e a destituição do deputado estadual Ary Rigo da direção estadual, cargo que foi assumido pelo ex-conselheiro do Tribunal de Contas, João Leite Schimidt.

Ontem, Onevan, Rigo, Coronel Ivan e Antônio Braga se reuniram com o governador André Puccinelli na Governadoria.

Conversaram individualmente e depois em conjunto. Onevan disse que, além de política, também discutiram questões administrativas. A proximidade da bancada estadual com o governador foi o pivô da intervenção.

Schimidt e o deputado federal Dagoberto Nogueira querem independência, mas tendem a apoiar a candidatura de Zeca do PT ao governo, em contraposição a André.

Os quatro parlamentares têm até dia 3 de outubro para escolher outro partido pelo qual concorrerão à reeleição. Podem não irem em bloco. Mas parece definido que nenhum continuará no PDT.

Rigo tende a assinar ficha no PSDB, partido que acaba de perder um deputado, Márcio Fernandes, cuja decisão de se desfiliar também teria a ver com o apoio incondicional que devota a André Puccinelli.

Portanto, se Rigo quer uma sigla para continuar perto de André, pode não ser o PSDB a melhor opção.

Mais baixas

Por motivo adverso, também deve mudar de partido o suplente de deputado estadual Diogo Tita (PMDB), que ocupa a vaga de Carlos Marum, titular da Secretaria de Habitação.

Tita chegou à solenidade de troca do Comando da Polícia Militar, no Parque dos Poderes, acompanhado do presidente regional do PSB, Sérgio Assis. O que pode ser uma sinalização de seu futuro político.

Confirmou que o PSB é uma alternativa e disse que pretende sair do PMDB porque a reeleição na sigla ficou muito complicada, dado à quantidade de “estrelas” que abriga.

Jerson Domingos, Youssiff Domingos, Maurício Picarelli, Akira Otsubo, são parlamentares tido como “bons de voto” e que teriam reeleição fácil. Quem quiser se eleger deputado estadual pelo PMDB tem que capitalizar votos tanto quanto um deles.

Com a confirmação de que Tita também vai trocar de partido, sobe para seis o número de deputados adeptos à prática do troca-troca nessa temporada.

Eles precisam se acomodar em outro partido até dia 3 de outubro, pois a lei eleitoral exige um ano de filiação para o político ser candidato.

E a eleição será daqui a um ano e três dias.

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