João Prestes e Valdelice Bonifácio
O deputado estadual Ary Rigo disse, há pouco, durante evento na Assembleia, que está praticamente certa sua filiação ao PSDB, assim como do deputado Onevan de Matos. Já o destino do deputado Antônio Braga será o PMDB, afirmou Rigo. Eles deixam o PDT após a intervenção nacional no partido que destituiu Rigo do comando e nomeou para o cargo o ex-conselheiro do Tribunal de Contas João Leite Schimidt.
O quarto integrante da ex-bancada do PDT, José Ivan de Almeida, disse que pode ir para o PTdoB (que recentemente filiou o ex-tucano Márcio Fernandes), o DEM ou o PPS. Está indeciso, mas precisa assinar ficha até sábado se quiser concorrer nas próximas eleições. A lei exige um ano de filiação partidária a quem quer ser candidato.
A ida de Braga para o PMDB surpreende. O partido não é tido como boa opção para se eleger, pois concentra políticos de vasta base eleitoral, como Jerson Domingos, Maurício Picarelli e Youssif Domingos. Para se eleger deputado pelo PMDB é preciso conseguir tantos votos quanto eles. Mas Braga pode ser candidato a deputado federal, esse seria um desejo antigo seu.
Já o coronel Ivan deve optar ou pelo DEM ou pelo PPS. No PTdoB, com a entrada de Márcio Fernandes, não há mais espaço. Entretanto, ele acredita ser possível eleger dois deputados estaduais pelo partido. Mas já demonstra ter perdido as esperanças de se filiar ao nanico. Resta, portanto, um dos partidos que integram atualmente o BDR (Bloco Democrático e Reformista), formado por PSDB, DEM e PPS.
O problema é se o PSDB lançar candidatura própria ao governo do Estado, possibilidade que não está descartada. Caso o PMDB firme aliança nacional com o PT, indicando o vice de Dilma Rousseff, ficará complicado para o governador André Puccinelli oferecer seu palanque ao candidato tucano à Presidência da República, José Serra.
Nesse caso, Rigo, Onevan e coronel Ivan seriam obrigados a pedir votos para a provável candidata do BDR ao governo, a senadora Marisa Serrano. Cabe lembrar que eles deixam o PDT exatamente para ficarem próximos ao governador André Puccinelli, já que o partido tende a fechar aliança com o PT de Zeca e Delcídio.
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