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sexta-feira, 5 de março de 2010
MS: PSDB aguarda André e decide depois nome para o governo
Marisa diz que PSDB vai esperar "mais um pouquinho" para se definir
Fernanda França
Agência Brasil
A cúpula do PSDB deve mesmo aguardar posicionamento do governador André Puccinelli (PMDB) para se definir politicamente em Mato Grosso do Sul.
Só depois do dia 31 de março, data limite estipulada pelo governador para falar sobre alianças partidárias, os tucanos saberão se continuarão coligados com ele ou se serão obrigados a lançar candidatura própria.
Segundo a senadora Marisa Serrano, o PSDB continua com o projeto de lançar candidato ao governo se Puccinelli apoiar Dilma Roussef para presidente.
Entretanto, o nome a ser lançado só será discutido “lá na frente”. Ela disse que continua à disposição do partido, mas deixa nítido que a preferência dos tucanos é se coligar com Puccinelli.
O mesmo discurso tem o presidente regional do partido, deputado Reinaldo Azambuja. Ele afirma que a aliança com o governador é prioridade e que os tucanos só lançarão candidato se não houver outra alternativa.
O nome do juiz Odilon de Oliveira chegou a ser cogitado na imprensa, mas Marisa Serrano não confirma que ele esteja entrando no partido com este objetivo.
“Há possibilidade de fazermos filiações até o dia 3 de abril. Todo partido quer aumentar o número de filiados, principalmente de pessoas sérias como o juiz, mas se ele entrar no PSDB não vai ser para disputar o governo, ele não vem pra isso”, detalhou.
O PSDB esperava anunciar seu posicionamento antes de Puccinelli, mas a demora na definição nacional inviabilizou os planos do partido.
A cúpula tucana anunciou por várias vezes que se encontraria com José Serra para discutir o assunto, mas como o pré-candidato a presidente não oficializou sua posição, o encontro não aconteceu.
“Resolvemos esperar mais um pouquinho”, resumiu Marisa.
Mágoa – A senadora não confirma, mas teria desautorizado o PSDB a falar de seu nome como eventual candidata ao governo.
Na última reunião da Executiva Estadual, Marisa teria demonstrado irritação com o bombardeio que recebeu de líderes da própria base aliada ao governo.
As críticas foram disparadas principalmente pelo presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), que questionou a atuação da parlamentar tucana no Senado, como reação ao movimento dela em favor de um possível confronto com Puccinelli.
Só depois de uma “bronca” é que alguns deputados estaduais saíram em sua defesa. Por enquanto, ela prefere que seu nome seja poupado quando o assunto é candidatura própria.
Marisa é a principal opção do Bloco Democrático Reformista (PSDB, DEM, PPS) para disputar o governo caso Puccinelli decida apoiar Dilma.
Porém, a maior dificuldade de André em montar palanque para a presidenciável petista é a possível candidatura de Zeca do PT ao Parque dos Poderes.
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