quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em MS, líderes do PT e do PMDB divergem sobre modelo de aliança nacional


Valdelice Bonifácio
Diferente do ocorre nacionalmente, em Mato Grosso do Sul lideranças do PT e do PMDB divergem do modelo de convivência proposto pela cúpula peemedebista que costura apoio aos petistas para as eleições presidenciais de 2010. O ex-governador Zeca do PT, por exemplo, diz que o acordo é viável. Já o deputado federal Geraldo Resende, do PMDB, diz que o Estado tem peculiaridades que precisam ser melhor discutidas.

Ontem, o líder do PMDB na Câmara Federal e um dos principais articuladores da aliança nacional, Henrique Eduardo Alves, informou que onde não houver possibilidade de unir as siglas haverá dois palanques, sendo um para Dilma Rousseff, possível presidenciável do PT, e outro para o vice que deve ser do PMDB.

Como se sabe, o governador André Puccinelli (PMDB), que disputará a reeleição, já disse em várias ocasiões que se o PT lançar candidato ao governo do Estado ele apoia o presidenciável do PSDB.

Mas, para Zeca do PT, a solução proposta pelo PMDB “é inteligente” e serve para o caso de Mato Grosso do Sul onde os dois partidos são rivais históricos. “Assim, a Dilma poderia ficar no nosso e o Michel Temer [nome cotado para ser indicado à vaga de vice] no do André”, comentou Zeca.

Já para Geraldo Resende, o PMDB precisará rediscutir a quem oferecerá seu palanque. “O André Puccinelli já havia dito que se não tivesse o apoio do PT no Estado, ele não teria compromisso com a Dilma”, destacou.

“A realidade de Mato Grosso do Sul se diferencia muito da nacional”, completa Resende, citando ainda que na aliança de André Puccinelli há partidos que querem apoiar o candidato tucano à presidência e há também quem pretenda dar sustentação à candidatura de Ciro Gomes (PSB).

Ainda conforme Geraldo, os dois partidos fecharam apenas um pré-acordo eleitoral. “É como se fosse um pré-acordo nupcial. O casamento pode não acontecer”, avalia.

Na noite de ontem, em jantar realizado no Palácio da Alvorada, ficou acertado que o PT ficará com a cabeça da chapa, provavelmente com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o PMDB, com a vice. Os dois partidos preferiram falar em pré-acordo, que só será sacramentado após as convenções partidárias, a serem realizadas ao longo do ano que vem.

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