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domingo, 28 de fevereiro de 2010
E agora, Puccinelli?: Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos
A pré-candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, registrou crescimento de cinco pontos percentuais na sua taxa de intenções de voto de dezembro para cá. Atingiu 28% e encurtou de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa de seu principal adversário, José Serra, do PSDB, hoje com 32%.
Esse é o principal resultado da pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.623 pessoas de 16 anos ou mais. Confirmou-se a curva ascendente de Dilma, não importando o cenário nem quais são os candidatos em disputa.
Apesar do crescimento da petista, é impreciso dizer que o levantamento indica um empate estatístico entre Dilma e Serra. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os dois só estariam empatados tecnicamente em 30% na raríssima hipótese de o tucano estar no seu limite mínimo e sua adversária no limite máximo, segundo a estatística Renata Nunes, do Datafolha.
"A proximidade entre os candidatos é algo visível, mas mais importante nessa pesquisa é mostrar as curvas de alta da candidata do PT e de queda do candidato do PSDB -considerando os levantamentos anteriores", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
No cenário no qual Dilma está com 28% e Serra com 32%, Ciro Gomes (PSB) tem 12%. Marina Silva (PV), 8%. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 9%. Indecisos, 10%.
Ciro e Marina estagnados A pesquisa também revela uma estagnação de Ciro e de Marina. Ambos tiveram exposição em fevereiro, quando seus partidos usaram os dez minutos a que têm direito em rede nacional de rádio e TV.
O efeito foi nulo. Ciro tinha 13% em dezembro. Agora, fica com 12%. Marina parou nos 8% -no cenário mais provável, no qual estão Serra e Dilma.
Os números do Datafolha dão pistas sobre os efeitos da eventual desistência de Ciro -algo desejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em dezembro, sem o nome do PSB, havia a possibilidade de Serra vencer no primeiro turno: ele tinha 40% contra 37% de Dilma e Marina somadas. A eleição é liquidada na primeira votação quando alguém recebe acima de 50% da soma de todos os votos dados aos adversários.
Agora, deu-se uma inversão. Quando Ciro está fora, Serra tem 38%, contra 41% somados de Dilma e Marina. Fica mais remota a hipótese de o tucano vencer no primeiro turno. Registre-se que a petista cresce cinco pontos nos cenários principais, com ou sem Ciro.
Num teste com Aécio Neves sendo o candidato do PSDB as coisas ficam mais fáceis para Dilma. Ela lidera com 34% contra 18% do tucano em um cenário sem Ciro Gomes. Quando o nome do PSB está presente, a petista tem 30% contra 21% de Ciro -Aécio fica com 13%.
2º turno
Em dezembro, numa simulação de segundo turno, Serra estava com 49% contra 34% de Dilma. A vantagem de 15 pontos caiu para 4. Hoje, segundo o Datafolha, o tucano registra 45% contra 41% da petista. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48% contra 26% do tucano Aécio Neves.
Todos os candidatos tiveram variação para cima nas suas taxas de rejeição, o que é comum quando o período eleitoral se aproxima. O destaque nesse trecho da pesquisa Datafolha é Serra, cujo percentual subiu de 19% em dezembro para 25% no atual levantamento.
Dilma oscilou de 21% para 23%. Ciro foi de 18% a 21%. Marina, de 17% para 19%. Quando o Datafolha faz a pesquisa sem mostrar nomes, surge um dado revelador sobre a percepção do eleitor a respeito do processo sucessório: uma queda vertiginosa das menções ao presidente Lula.
O petista era citado espontaneamente por 27% dos eleitores em agosto. Caiu para 20% em dezembro. Agora, bateu em 10%. Apesar da sua popularidade recorde, Lula é cada vez menos citado "porque o eleitor está percebendo que ele não será candidato", diz Mauro Paulino.
Na pesquisa espontânea, Dilma chegou a 10% (a mesma taxa de Lula), contra 7% de Serra.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
André está entre a cruz e a espada, avalia Nelsinho
Segundo prefeito da Capital, André vive um difícil momento de indecisão O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) avaliou hoje que o governador André Puccinelli (PMDB) vive um difícil momento de indecisão. Ao entregar uniformes e kits escolares em uma escola no Bairro Paulo Coelho Machado ele foi questionado sobre como agiria se tivesse que escolher entre enfrentar Zeca do PT com o apoio de Lula ou Marisa Serrano (PSDB). Nelsinho que pretende concorrer ao governo do Estado em 2014 reconheceu que a decisão não é fácil. “Esta é a pergunta que está na cabeça do André. Ele está entre a cruz e a espada”, mencionou. Se apoiar Dilma Rousseff à presidência, André deverá ter como adversária a senadora Marisa Serrano que montará palanque para o tucano José Serra no Estado. Nesta situação, ele teria também Zeca do PT como adversário, mas sem o apoio de Lula. Se apoiar Serra, tira Marisa da disputa, mas terá que enfrentar Zeca do PT com o empenho de Lula em sua campanha. Ontem, durante evento na governadoria André demonstrou não ter qualquer decisão e citou até poesia para explicar como agirá. “Ficarei com o que me retribuir o amor ardente, que já nos olhos meus tão puro viste”, disse citando verso do Soneto 19 de Luiz Vaz de Camões. O prefeito da Capital já declarou ter simpatia pela candidatura de Dilma Rousseff, mas informou que sua decisão levará em conta a reeleição de André Puccinelli, sua prioridade. Nelsinho esclareceu que a simpatia pela candidatura petista não tem relação com os investimentos do governo federal em Campo Grande. “É que eu acredito e confio na administração deles [petistas]. Não só pelo que eu vejo em Campo Grande, mas em outros municípios também”, afirmou. Nelsinho, aliás, percorreu algumas escolas nesta manhã ao lado de lideranças tucanas como a própria Marisa, o deputado Rinaldo Modesto e a vereadora Roseane Modesto. A senadora disse que partido tentará conquistar o apoio do prefeito da Capital de quem, aliás, foi vice, para José Serra. Na presença dos tucanos, Nelsinho afirmou que apesar da simpatia declarada por Dilma, não tem definição. “Ademais, eu nem sei se o Serra é candidato”, disse O governador de São Paulo só deve oficializar sua candidatura ao Palácio do Planalto ao final do mês de março.Midiamax Valdelice Bonifácio |
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Marisa não será candidata de forma "destrambelhada"
A senadora Marisa Serrano (PSDB) negou agora há pouco ao Midiamax que esteja planejando lançar sua candidatura ao governo do Estado hoje, dia 24, conforme noticiou a Folha de São Paulo. Nota da Coluna Painel está sendo divulgada na internet nesta manhã.
Marisa informou não ter conhecimento da notícia e assegurou que não existe nada de definitivo sobre o lançamento de sua possível candidatura.
“Sou muito coerente não vou lançar candidatura de forma destrambelhada”, assegurou.
A nota com o título ‘Carreira Solo’ tem o seguinte texto: “Sem acordo para colocar José Serra no palanque de André Puccinelli (PMDB), que tentará a reeleição em Mato Grosso do Sul, o PSDB anuncia hoje que a senadora Marisa Serrano será candidata ao governo”.
A senadora esclarece que o PSDB ainda aguarda definições do cenário nacional – Serra ainda não confirmou sua candidatura à presidência – e pretende conversar com André Puccinelli antes de anunciar qualquer decisão.
Já o governador de Mato Grosso do Sul permanece em silêncio sobre a disputa presidencial. Assediado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que quer seu apoio para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, André só pretende tratar da questão de forma definitiva a partir de 31 de março.
Marisa já concorreu ao governo do Estado nas eleições de 2002 contra o então governador Zeca do PT que conseguiu se reeleger. Contudo, a tucana conseguiu levar a disputa para o segundo turno e obteve 500 mil votos contra 581 mil do petista.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Candidatura do bloco é ‘desinteligente’ e ajuda Zeca, diz Tita
Midiamax
Valdelice Bonifácio
AL
Segundo deputado, candidatura do BDR, seria 'desinteligente'
O deputado estadual Diogo Tita (PPS) mencionou hoje que uma eventual candidatura do BDR (Bloco Democrático Reformista) que seu partido compõe junto com PSDB e DEM seria um ato de “desinteligência política”, pois ajudaria Zeca do PT.
O bloco tem como ‘plano A’ reeditar a aliança com o governador André Puccinelli (PMDB), mas pode ser forçado a lançar candidatura caso o chefe do Executivo estadual apóie a petista Dilma Rousseff à presidência da República. “A candidatura do bloco seria bom demais para o Zeca do PT”, analisa Tita.
Hoje, via Twitter, Zeca do PT revelou torcer pela candidatura do blocão. “Vamos torcer para que o tal do ‘blocão’ tenha mesmo coragem de lançar candidato (a). Não fique só na conversa. É bom pra democracia...”, escreveu. Por enquanto, o nome mais cotado para representar o bloco é o da senadora Marisa Serrano, do PSDB.
Porém, na avaliação do deputado, a candidatura do bloco não será necessária. Ele acha que a aliança entre o governador e Dilma não se consolidará. “Se o Zeca for candidato, André não fica com o PT. E hoje o que se vê é que a candidatura do ex-governador evoluiu”, afirma.
O PPS, conforme Tita, quer fazer coligação com nas eleições proporcionais com o grupo do governador. “André não vai desprezar antigos parceiros para apoiar a Dilma”, acredita o deputado estadual.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Zeca do PT torce por candidatura de Marisa
Alessandra de Souza
Marisa Serrano e Zeca do PT
Midiamax
Valdelice Bonifácio
Pré-candidato ao governo do Estado, Zeca do PT demonstrou hoje torcer pela candidatura do “blocão” ao governo do Estado. Agora há pouco ele postou mensagem em sua página pessoal no microblog Twitter sinalizando tal posicionamento. “Vamos torcer para que o tal do ‘blocão’ tenha mesmo coragem de lançar candidato (a). Não fique só na conversa. É bom pra democracia...”, escreveu.
Em Mato Grosso do Sul, o blocão, ou BDR (Bloco Democrático Reformista) composto por PSDB, DEM e PPS, ameaça abandonar a antiga parceria com o governador André Puccinelli (PMDB) e lançar candidatura própria ao governo do Estado. O nome mais cotado para representar o grupo na eleição é o da senadora e vice-presidente nacional do PSDB, Marisa Serrano.
Ontem, o presidente regional do PSDB Reinaldo Azambuja reiterou ao Midiamax que o bloco mantém o projeto de se aliar ao governador. Contudo, caso ele ceda às investidas do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e apóie à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff à presidência da República, o grupo lançará candidato ao governo do Estado.
Isso porque o bloco tem como compromisso preparar um palanque, em Mato Grosso do Sul, para o candidato a presidente da República do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra. Assim se André apoiar Dilma, o grupo deve lançar a senadora Marisa Serrano ao governo do Estado. A parlamentar já disse em várias ocasiões que está à disposição do bloco caso seja necessário lançar candidato ao cargo.
Agenda do Zeca
Ainda via Twitter, o ex-governador revela que está com a agenda lotada na corrida pelo governo do Estado. Ele informa que retomará as reuniões no interior e na Capital. Além disso, está prevista uma reunião no PT, para definições do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral). “O presidente Marcus [Garcia] e companheiros estão empolgados”, mencionou.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Lula promete conversa decisiva com André sobre aliança
Fernanda França
Marcelo Victor
Nelsinho diz que Lula vai chamar André para conversar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai chamar o governador André Puccinelli nos próximos dias para uma conversa decisiva sobre a possibilidade de aliança entre PT e PMDB em Mato Grosso do Sul.
Ao prefeito Nelsinho Trad (PMDB), Lula disse que quer André no palanque de Dilma Roussef, candidata petista à sucessão presidencial. Entretanto, admitiu as dificuldades de conciliar a reeleição do governador com o projeto de retorno de Zeca do PT ao Parque dos Poderes.
Lula não pretende pedir para Zeca retirar sua candidatura, mas precisa de André para alavancar a candidatura de Dilma, equação difícil de resolver.
Nelsinho disse que agradeceu muito ao presidente a oportunidade de viajar por 1h20 ao seu lado. Entretanto, garantiu que Lula não pediu seu apoio para Dilma.
“Ele disse que não vai barganhar apoio de ninguém, que ele tem trabalho para mostrar. As pessoas que optarem pela continuidade do governo dele, com segurança econômica, e avanços sociais, vai ficar”, explicou.
O prefeito também ficou constrangido em pedir verbas ou viabilização de projetos ao presidente.
“Não pedi, ouvi mais, aprendi muito, porque ouvir um homem como este durante 1h20 é um privilégio. Fiquei até constrangido, a conversa era macro, uma coisa maior”, detalhou.
Sobre sua vontade de apoiar Dilma, Nelsinho disse que vai seguir a determinação nacional de seu partido. Também enfatizou que a reeleição de Puccinelli é sua prioridade.
“Eu vou seguir o PMDB e falei isso para o presidente, a decisão nacional do meu partido é muito importante. Não vou poder ter outra orientação, a não ser a partidária, e disse para ele que a minha prioridade é a reeleição do governador André”, confirmou.
Questionado sobre a possibilidade de seu partido fechar com o PSDB, com apoio a José Serra, Nelsinho indicou que o presidente trabalhará para que esta aliança não aconteça.
“Ele disse que o André é um problema dele, ele vai resolver o André”, finalizou.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Zeca não faz questão do apoio de prefeitos e espera debandada
“Vai ter debandada do lado de lá. Alguns não aguentam mais a truculência com a qual são tratados”, afirmou nesta manhã ao Midiamax. O ex-governador que foge de apontar números ou de mencionar nomes de possíveis apoiadores.
No mapa político atual, André aparece com certa vantagem já que seu partido, o PMDB, elegeu o maior número de prefeitos nas eleições de 2008, foram 28. O PT fez 10.
Porém, na avaliação do petista números atuais não são motivo para abatimento. Em recente evento do PT, Zeca relembrou que quando se elegeu governador de Mato Grosso do Sul pela primeira vez nas eleições de 1998 tinha um único prefeito no Estado lhe apoiando, aliás, uma parente sua Mirim dos Santos, de Porto Murtinho, esposa de seu irmão Heitor Miranda.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Com titulares definidos, partidos negociam vices e suplências para amarrar as alianças
João Prestes
Já estão praticamente definidos os nomes dos titulares nas duas chapas majoritárias que devem concorrer ao governo do Estado nas eleições deste ano. De um lado o PMDB do governador André Puccinelli e do outro o PT de Zeca. Os nomes dos candidatos a senador também já são conhecidos (embora o PMDB ainda precise definir em prévias qual das duas opções vai prevalecer). Restam, portanto, as vagas de suplentes e as vices para alinhavar definitivamente as alianças. E é aí que negociação atravanca.
Após bater o martelo e decidir que vai de chapa pura, o governador André Puccinelli está mais próximo de uma definição. Já fez o convite, que já teria sido aceito. A vice será a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet. Analistas vêm nela um nome forte para vencer a eleição, pois agrega votos do público feminino e da região do Bolsão. E Simone também pode ser a estratégia de André para sucedê-lo em 2014, em caso de vencer a eleição neste ano.
Zeca ainda titubeia sobre o vice ideal. Gostaria que fosse alguém ligado ao agronegócio e de outro partido, que não o PT e o PDT, já devidamente contemplados na chapa majoritária. Os petistas chegaram a procurar o ex-senador Lúdio Coelho, forte liderança ruralista, para pedir-lhe a indicação de um vice. Não conseguiram, mas pelo menos conseguiram uma foto sorridente do velho tucano.
“Acho cedo para definir o vice”, desconversa o deputado estadual Paulo Duarte. “Isso vai acontecer nas vésperas da convenção”. A convenção só acontece em junho.
De qualquer forma, como André já escalou o time, o PT aproveita para avaliar quem faria melhor a marcação. A figura carismática de Simone Tebet pode fazer o PT optar por uma mulher como companheira de chapa de Zeca. Se viesse do agronegócio, melhor ainda. E se fosse do PTB, satisfação garantida. O problema é achar esse nome.
Senado
Igual dilema vivem os titulares das chapas ao Senado. Delcídio do Amaral é o único que se pode dizer com certeza que será candidato. Seu mandato vence neste ano e precisa ser renovado. Os demais nomes lançados ainda são dúvida. E Delcídio ainda não fez qualquer referência sobre quem será seu suplente.
O atual suplente é o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, do grupo Correio do Estado. “Tudo leva a crer que continua ele. A não ser que ele não queira”, supõe Duarte. Já foi cogitado para ser parceiro de Delcídio até o filho do missionário da Igreja da Graça RR Soares, o pastor David Soares, filiado ao PDT. A Igreja da Graça arrendou dois canais de televisão de Campo Grande.
O outro candidato ao Senado na chapa de Zeca, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), já preencheu a vaga de suplente: trata-se da ex-primeira-dama Gilda dos Santos. A escolha de Gilda foi feita sem consulta ao senador Delcídio do Amaral, que reclamou, mas acabou aceitando. O temor é de dividir o PT, um grupo trabalhar pela eleição de Delcídio e outro apoiar Dagoberto/Gilda, o que pode atrapalhar a eleição dos dois.
No PMDB a dúvida é qual será o candidato a senador: se o deputado federal Waldemir Moka ou se o atual senador Valter Pereira. Eles estão inscritos para disputar eleição interna marcada para março. Enquanto não resolverem quem será o candidato, não se pode falar em suplentes.
A outra vaga de senador na chapa de André está reservada ao vice-governador Murilo Zauith, do DEM, podendo a suplência caber ao PPS. Também não se fala em nomes para suplente de Murilo por enquanto.
João Prestes
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
PSDB reage às “pedradas” do PMDB e pede mais cortesia
O PSDB reagiu hoje, na Assembléia Legislativa, ao que classificou como “pedradas” do PMDB. Os principais lideres do partido também pediram mais respeito à senadora tucana Marisa Serrano e tratamento mais cortez por parte dos peemedebistas.
O líder da legenda na Casa, deputado Rinaldo Modesto, ocupou a tribuna para rebater críticas feitas à senadora, principalmente pelo presidente da Assembléia, Jerson Domingos (PMDB).
Tudo começou com as declarações de Marisa acerca da possibilidade de sair candidata ao governo este ano. O governador André Puccinelli (PMDB) achou a atitude precipitada, enquanto Jerson se irritou com o possível “mote” da campanha da tucana: “você está satisfeito com o que tem visto no Estado?”.
Rinaldo achou que o assunto já havia “morrido”, mas resolveu falar sobre os ataques para defender Marisa. “É preciso respeitar a senadora, ela não se intimida, já colocou seu nome em outras disputas, foi bem votada. Não estamos em guerra, a gente é da base aliada e ajudou a eleger o governador”, discursou.
O presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, também reagiu às criticas. Disse que se o PMDB precisa dos aliados, não pode destratá-los.
“A senadora tem uma conduta ilibada, não tem nada que a desabone, tem ajudado Mato Grosso do Sul e quem precisa de aliados, não pode atirar pedras”, disparou, questionando se Jerson fala por ele ou pelo governo.
O deputado Onevan de Matos reforçou as declarações de Reinaldo. “Se ele quer continuar com os aliados, tem que tratar melhor. Acho que o tratamento tem que ser mais cortez”, declarou.
Integrante do BDR (Bloco Democrático Reformista), o deputado Zé Teixeira (DEM) também ocupou o microfone de apartes para comentar os desentendimentos entre tucanos e peemedebistas.
“Tem hora que não entendemos a fala de algumas pessoas da base aliada, está havendo toda a retaliação possível. O governador de vez em quando deveria se ater e deixar que as coisas aconteçam”, declarou, referindo-se também à demora na definição das alianças e ao “namoro” de Puccinelli com a ministra Dilma Roussef.
O deputado Jerson Domingos contrapôs afirmando que esse tipo discussão é banal e que todos deveriam se preocupar com questões mais importantes para o Estado.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Chapa Dilma-André em MS: PR deve pedir votos para André e Dilma Rousseff
Midiamax Valdelice Bonifácio |
Líder do PR na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo explica que o partido está liberado para apoiar a reeleição do governador André Puccinelli (PMDB) em Mato Grosso do Sul. Porém, se a opção do governador para presidência da República for o tucano José Serra, o partido não poderá acompanhar. É que nacionalmente, o PR está alinhado ao PT e deve apoiar a provável candidatura da ministra Dilma Rousseff à sucessão de Lula. “A cúpula nacional já nos liberou aqui no Estado. Agora, teremos que agir dentro das regras nacionais. Pode vir, por exemplo, uma determinação para não subir no palanque do André se porventura o Serra estiver lá”, explica. Assim, na prática, o partido trabalharia pela reeleição de André e seguiria a orientação nacional de defender a candidatura de Dilma à presidência da República. No ano passado, o PR recebeu a filiação do secretário de Obras, Edson Giroto que deve concorrer à Câmara Federal. Tal filiação passou a ser um forte indicativo de que o PR se aliaria a André neste ano.
André e Serra? Na verdade, André ainda não declarou apoio a José Serra para a presidência, mas como há muitos anos é parceiro do PSDB no Estado acredita-se que deverá fazê-lo, contrariando o desejo da cúpula nacional do PMDB que preferia que ele estivesse com Dilma. A candidatura de Zeca do PT ao governo do Estado inviabiliza o apoio de André a Dilma. Ela já tinha afirmado que não haveria dois palanques para a petista no Estado ou seria o dele ou de Zeca, os dois não. Hoje, André participa da convenção nacional do PMDB que deve reeleger o presidente da Câmara Michel Temer ao comando do partido. Michel que está licenciado da presidência da legenda quer se reeleger para fortalecer a possibilidade ser indicado a vice de Dilma Rousseff. Contudo, o governador deixou claro, dias antes da convenção, que estava apoiando a reeleição de Temer sem qualquer compromisso com a ala pró-Dilma. “Eu sempre votei no Michel”, justificou-se. O apoio de André a Temer pode ser uma confimação de que ele, de fato, está disposto a não criar embaraços para a aliança com o PT se consolidar. O grupo pró-Dilma precisa obter a aprovação da aliança na convenção nacional prevista para junho. E, segundo informações, quer contar com a ajuda de André para isso. Informações nacionais também dão conta de que o governador pode votar a favor da aliança nacional e em troca ficaria livre para se aliar a quem quisesse no Estado, inclusive ao PSDB. André nunca confirmou tal acordo e muito menos revelou como votará na convenção de junho. |
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Dagoberto diz não acreditar que Artuzi vai deixar o PDT
O deputado federal Dagoberto Nogueira, líder da bancada do PDT na Câmara Federal, afirmou que não acredita numa possível saída de Ari Artuzi de seu partido, já que informações dão conta de que o prefeito estaria migrando para o PMDB. “Não acredito nisso, principalmente por tudo que Artuzi passou dentro do PMDB, lá ele foi vítima de chacota, não acredito que ele seja ingrato ao ponto de deixar o PDT agora”, concluiu o deputado.
Dagoberto Nogueira permanece na liderança do PDT na Câmara Federal até o mês de junho deste ano quando pretende se dedicar a sua candidatura ao senado, numa aliança com o Partido dos Trabalhadores. Sua mais provável suplente seria a ex-primeira dama do Estado Gilda dos Santos.
Ele afirma estar satisfeito com o desempenho de seu nome na corrida ao senado federal, dentro das dificuldades que o PMDB estaria enfrentando para definir candidaturas. “O PMDB todos os dias tem um candidato diferente ao senado, mas seja quem for o meu trabalho na Câmara Federal fará a diferença, hoje em dia é simples a população se definir através deste critério, basta buscar pela internet os resultados dos trabalhados desenvolvidos em Brasília”, disse.
O deputado afirma que ainda sua grande marca é a de providenciar recursos para os municípios. Ele anunciou que garantiu investimentos de 40 milhões de reais para Dourados. Os recursos empenhados são para construção de casas populares, pavimentação asfáltica e recuperação do asfalto, bem como a capacitação de jovens para o mercado de trabalho.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
PMDB de MS vota em Temer para presidir o partido, mas garante que não aderiu à Dilma
A provável reeleição de Michel Temer à presidência nacional do PMDB na convenção de amanhã terá a ajuda dos delegados de Mato Grosso do Sul. A expectativa é de que todos os convencionais do Estado votem a favor do presidente da Câmara Federal.
Porém, tal posicionamento do PMDB de MS não significa adesão à ala do partido que defende aliança com o ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República, explica o presidente regional da sigla, Esacheu Nascimento.
O partido levará 13 delegados à convenção de manhã – no total o grupo tem 27 dos 760 votos. O governador André Puccinelli (PMDB) tem direito a dois votos e viaja amanhã logo cedo para Brasília. Ele foi o primeiro dos delegados a declarar voto em Temer.
Em 28 de janeiro aproveitou evento na Governadoria para antecipar sua decisão. “No dia 6 de fevereiro vou votar no Michel. ... Michel, Michel ...”, disse na ocasião.
Esacheu Nascimento admite que a atitude do governador pode ter influenciado a decisão do partido. “Ele é a liderança mais expressiva da legenda”, explica. “Mas ninguém no diretório estadual nunca teve nada contra Michel Temer”, completa.
O próprio governador nega que sua decisão de votar em Temer tenha relação com as eleições presidenciais. “É que eu sempre votei nele”, justificou-se em recente evento.
Unidade
O dirigente estadual acredita que Michel Temer vai pacificar o partido sem misturar a convenção nacional com as eleições presidenciais. Como se sabe, Temer quer levar o PMDB à aliança com o PT e, mais, quer ser indicado a candidato a vice de Dilma Rousseff.
Nem André, nem qualquer membro do PMDB admitem a apoiar a aliança com o PT. O governador se classifica como indefinido no que diz respeito às eleições presidenciais.
Outro delegado que votará pela eleição de Michel Temer é o deputado federal Waldemir Moka. Com direito a dois votos, ele explica que acompanha a decisão do PMDB de MS por considerar que Temer “tem respeito dentro do partido”.
Moka tem certeza de que a convenção de amanhã não se mistura com a discussão sobre a aliança presidencial. “Isso é muito claro, uma coisa nada tem a ver com a outra (...) O Michel vai manter o debate interno e respeitará a decisão da convenção de junho”, acredita.
Em junho, os convencionais voltam a Brasília para decidir entre candidatura própria à presidência da República e as possíveis alianças com o PT ou PSDB, de José Serra.
“Temos apreço pelo Michel (..) A eleição dele não significa antecipar a decisão pela aliança com Dilma Rousseff”, insiste Moka.
Delegados
Esacheu embarca agora à tarde para Brasília para participar das reuniões preliminares à convenção. O governador, conforme sua assessoria, deixa Campo Grande rumo à Capital Federal por volta das 6 horas deste sábado. Moka também embarca pela manhã.
Os demais convencionais são: os deputados federais Marçal Filho, Geraldo Resende e Nelson Trad, os deputados estaduais Jerson Domingos, Júnior Mochi e Youssif Domingos, o secretário de Habitação Carlos Marun e a suplente de vereadora Maria Emília Sulzer. A presidente do PMDB Mulher Carla Stephanini também acompanha a comitiva. Ela poderá votar em substituição a algum delegado que, por ventura, faltar.
Youssif e Maria Emília vão a convenção substituir o prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad e a deputada estadual Celina Jallad.
Conforme Esacheu, Nelsinho não viajará sob a alegação de problemas de saúde. Já Celina Jallad terá outros compromissos. A reportagem do Midiamax entrou em contato com a assessoria de Nelsinho, mas ainda não recebeu retorno.
Briga Judicial
A convenção que será realizada amanhã, em Brasília, foi alvo de questionamentos judiciais. Todos sem sucesso. A ala contrária a aliança com Dilma tentou suspender na Justiça a convenção do PMDB, mas não conseguiu. O encontro, marcado para sábado, deve reconduzir Temer ao comando da legenda.
"Temos mais de 90 por cento do partido com a decisão do Diretório Nacional. A convenção vai se realizar no dia 6 em ambiente de tranquilidade e democracia", afirmou Temer em entrevista ao Estado de São Paulo.
Conforme o site do PMDB Nacional, a convenção será realizada amanhã, das 9h às 17h, no Congresso Nacional, em Brasília, no auditório Nereu Ramos, no Anexo II, da Câmara dos Deputados.