domingo, 8 de março de 2009

Dilma pode ter dois palanques em MS, sugere Zé Dirceu


Midiamax

“Se você pensar no resultado, sem eles [Zeca e Delcídio] se entenderem o PT não vai dar certo. Nem o Puccinelli vai aceitar aliança com o partido deste jeito. Você acha que ele vai querer um aliado enquanto o outro fica fazendo oposição?”, resumiu o ministro chefe da Casa Civil José Dirceu ao chegar para palestra a petistas no Cine Cultura, no shopping Pátio Avenida, em Campo Grande.

No local, ele se encontrou com o ex-governador Zeca do PT e com outros petistas como o presidente regional de legenda deputado Amarildo Cruz e o deputado federal Vander Loubet.

O ex-ministro que vista o Estado em um momento que as desavenças internas no partido voltaram à tona devido ao novo desencontro entre Zeca e o senador Delcídio do Amaral defendeu a unidade na sigla.

Dirceu considera que sem entendimento, o partido não se sairá bem nas próximas eleições. Na análise de Dirceu, o racha é ruim para qualquer caminho que o PT decida seguir, seja candidatura própria ou mesmo aliança com o PMDB.

Dirceu reconheceu que Zeca é uma liderança forte e tem o direito de pleitear o governo do Estado, porém não trouxe estímulo à candidatura própria como esperavam alguns petistas, por considerar tal decisão antecipada.

No entanto, Dirceu que foi presidente nacional do PT e, comenta-se que ainda tenha grande influência na legenda, esclareceu que não se pretende fazer imposições aos estados para beneficiar a virtual candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República. “Mesmo porque o PT nem tem candidata, Dilma é pré-candidata”, salientou.

Dilma em dois palanques

Zé Dirceu não vê prejuízos à virtual candidatura de Dilma caso o PT decisa lançar candidato próprio ao governo. "Podemos até ter dois palanques no Estado", prevê, visualizando a possibilidade da ministra ter o apoio dos petistas e também de André Puccinelli (PMDB).

O ex-ministro admite que o objetivo nacional de eleger o sucessor de Lula é mais importante que as questões locais, porém não se pode forçar aliança com o PMDB onde não for viável localmente.

“Se aqui não der certo, haverá outros estados que poderão absorver o caso de Mato Grosso do Sul”, sugeriu.

Para ele, o PT local já tem uma chapa pronta para disputar as eleições, basta alcançar a unidade interna. “Tem o ex-governador e o senador Delcídio do Amaral”, salienta.

O Diretório Regional do PT já se decidiu em votação unânime pela candidatura própria. Mesmo, assim, o senador Delcídio do Amaral diz que aliança com o PMDB no Estado não é um passo improvável já que o partido deve priorizar o interessa maior que é o de oferecer um palanque forte para Dilma Rousseff.

Zé Dirceu que tinha outra reunião nesta tarde na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) desmarcou e deve seguir para Cuiabá (MT).

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