terça-feira, 31 de março de 2009

Cresce no PT a tendência à candidatura própria

Zeca pode ficar isolado na disputa pelo PT

FM PAN - Alex Mello

O ex-governador Zeca do PT recuou em 2007 de disputar a presidência regional do PT, convencido por aliados que preferiam que ele e o senador Delcídio do Amaral se unissem em torno de uma única candidatura ao invés de se enfrentarem. Mas, desta vez, não fará o mesmo, dizem pessoas próximas.

"Ele já reafirmou o interesse em disputar a presidência. Não tem mais volta. Vai ter disputa", afirma o deputado estadual Paulo Duarte (PT) que defendeu o recuo de Zeca em 2007. "Não vou pedir de novo para ele desistir", assegura.

Duarte garante que vai trabalhar pela eleição de Zeca do PT a presidente da legenda. Porém, sabe que o ex-governador conta hoje apenas com o apoio de seu próprio grupo, o CNB (Construindo um Novo Brasil).

O deputado chegou a trabalhar por uma aproximação entre Zeca e Delcídio em fevereiro, mas não obteve êxito e acabou se desentendento com o próprio Zeca.

Pelo menos cinco correntes da legenda já definiram trabalhar pela reeleição do atual presidente, deputado estadual Amarildo Cruz que desde o princípio se recusou a discutir a possibilidade de abrir mão da candidatura em favor de Zeca do PT.

As correntes PT em Primeiro Lugar, Movimento PT, PT de Lutas e Massas, Democracia Socialista e Esquerda Viva estiveram juntas na eleição de Amarildo e agora sinalizam caminhar juntas novamente para reelegê-lo.

Ontem, o deputado federal Antônio Carlos Biffi explicou que lideranças destas correntes querem a reeleição de Amarildo, mas não excluem Zeca do PT do projeto desde que ele aceite que o candidato seja o atual presidente.

Mas, Duarte explica que Zeca do PT tem como objetivo chegar à presidência do PT para articular sua candidatura ao governo do Estado. "Ele entende que só eleito presidente do partido terá legitimidade de conversar com partidos aliados", explica.

O também deputado estadual Pedro Kemp, da corrente Articulação de Esquerda discorda do ex-governador. "Acho que ainda há tempo para procurar um terceiro nome para unir os grupos de Zeca do PT e Delcídio do Amaral", avalia.

A Articulação de Esquerda ainda não definiu seu posionamento nas eleições internas. "Devemos nos reunir em abril", disse Kemp. Porém, o deputado esclarece que a corrente deverá pender para o grupo que estiver mais firme na defesa da candidatura própria ao governo do Estado nas eleições de 2010.

"Vejo que no grupo do senador Delcídio há alguns andrezistas. Nós da esquerda não queremos nos aliar ao PMDB, mas sim disputar o governo", afirma.

Midiamaxnews

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