sábado, 12 de dezembro de 2009

Peemedebistas dão tom da campanha com discurso anti-petista contra volta ao passado

João Prestes e Valdelice Bonifácio

Os discursos das principais lideranças do PMDB durante a convenção de hoje pela manhã, no espaço Ondara, indicaram o rumo da campanha política do ano que vem. Foram frases de efeito contra o PT e conclamando a população a não permitir a “volta ao passado”. O secretário de Habitação, Carlos Marun, classificou de “descalabro” os oito anos da administração petista.

“Dá para comparar os oito anos do governo anterior com os três do André. O PT fez uma esculhambação, foi incompetente ao deixar escolas ruins, os soldados hoje têm farda”, disse Marun. “Escolham os que pensam que Mato Grosso do Sul não tem memória, foram oito anos de descalabro, vergonha, sem governo. Vamos enfrentar do jeito que eles vierem”, completou.

O ex-governador Wilson Barbosa Martins reforçou a tese. “Não podemos permitir o retorno de alguns candidatos que se apresentem na expectativa de que o povo se esqueceu do governo passado. O PMDB tem dupla responsabilidade: de reeleger o André e impedir a volta do PT ao poder”, afirmou, dizendo-se ansioso pelas próximas eleições. “Entre erros e acertos o PMDB tem prestado importante serviço ao Brasil.”

Coube ao deputado federal e pré-candidato ao Senado Waldemir Moka soltar o grito de guerra: “Pode vir quem quiser que nós vamos ganhar no primeiro turno.” O recado pode ter como destinatário o PT, que ontem à noite lançou as pré-candidaturas de Zeca ao governo, Delcídio e Dagoberto (PDT) ao Senado, como a aliados que estejam planejando algum ato de rebeldia.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PT espera que Dilma remarque visita para início de 2010

Fernanda França
Arquivo


Amarildo espera presença de Dilma no Estado no ano que vem

O PT de Mato Grosso do Sul espera que a ministra Dilma Roussef (Casa Civil), pré-candidata a presidente da República, remarque para o início de 2010 visita ao Estado.

Ela viria a Campo Grande na próxima sexta-feira, para participar de grande ato político do partido, quando serão lançadas as candidaturas de Zeca do PT ao governo e Delcídio ao Senado, mas cancelou a visita, porque vai viajar para a Dinamarca, em missão oficial.

O evento está mantido para as 18h30 da sexta-feira, na seleta, que fica
na Rua Pedro Celestino, 3.283, Bairro São Francisco.

“Estamos tentando agendar para o inicio do próximo ano a vinda da ministra à Capital, ela sabe que esse ato tem de fundo o fortalecimento da nossa candidatura em Mato Grosso do Sul”, enfatizou.

Na prática, as principais lideranças do PT estão tentando minimizar o cancelamento da agenda de Dilma no Estado. Mas o fato é que sua ausência deixou o governador André Puccinelli (PMDB) aliviado.

Isso porque a presença de Dilma fortaleceria a candidatura de Zeca e afastaria de uma vez por todas os boatos de que o PT desistirá de ter candidato próprio em 2010.

Segundo Amarildo, mesmo sem a presença de Dilma, os militantes podem esperar uma festa bonita e afirma que a classe política vai se surpreender com o apoio que o PT vem recebendo no Estado.

“Muita gente vai se surpreender com a quantidade de adesão que estamos recebendo. Vai ser um momento especial para fechar o ano bem”, detalhou Amarildo.

Ruralista – Amarildo disse que o PT não está sendo radical na busca de um produtor rural para ser vice de Zeca, mas que a classe ruralista pode ter muito a acrescentar no projeto.

“Não é necessariamente um produtor, tem que ser alguém que venha acrescentar nossa chapa. Os produtores, claro, têm um trabalho forte em Mato Grosso do Sul, mas tem que ser alguém compromissado com esse projeto”, explicou.

Ele lembrou que a classe não costumava votar no PT, mas que agora este cenário está mudando.

“Muito produtor tradicionalmente não votava no PT, mas hoje percebe que nosso projeto é mais justo, mais humano, distributivo”, declarou.

Durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, Amarildo finalizou afirmando que não há mais nenhuma expectativa do PT regional de se aliar ao PMDB.

“Não, não existe mais essa possibilidade, ninguém espera isso, há um convencimento total que o melhor projeto para o PT é a nossa candidatura própria”, afirmou.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Zeca diz que Gilda será candidata só sob aval do PT

João Humberto

Presente hoje numa festa do PDT em Bonito, o ex-governador Zeca do PT garantiu que a ex- primeira dama Gilda do Santos só vai ser a candidata à suplência do deputado federal Dagoberto Nogueira, na corrida ao Senado no ano que vem, se obtiver o aval do Partido dos Trabalhadores.

Dagoberto já formulou o convite a Gilda, integrando assim uma possível aliança entre PDT e PT. Zeca agradeceu a intenção, mas citou três fatores para que a decisão realmente seja concluída.

O primeiro é o fato de o PDT ser um dos primeiros partidos a acreditar no projeto do PT em retornar ao governo, o segundo é a simpatia que o ex-governador tem por João Leite Schimidt, um dos precursores do projeto e o terceiro é o aval que a sigla e que o senador Delcídio Amaral lhe dão.

O deputado estadual Antonio Braga também participou da reunião e lembrou de suas andanças junto a Zeca do PT, além dos projetos que juntos concluíram em Bonito, como o aeroporto e o da rodovia que liga Bonito a Bodoquena.

Ainda durante a festa, Zeca do PT voltou a sinalizar para uma composição com os produtores rurais no sentido de indicar o nome de um candidato a vice-governador.

Representantes do PTB solidificaram o apoio ao nome do pecuarista Zelito Ribeiro. Contudo, o ex-governador disse que pelo menos outros três nomes estão sendo estudados: o atual presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Ademar Neto e o presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho, Italívio Coelho, que é sobrinho do ex-senador Lúdio Coelho.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Jogo Aberto : Delcidio "comemora" escândalo com o DEM

Campo Grande News

Mal estar


Líder do governo na Assembléia, Youssif Domingos (PMDB) avisou que a presença do presidenciável Roberto Requião em Campo Grande seria uma saia justa para André Puccinelli, que ainda aguarda possível aliança com PT. Não se sabe por que cargas d’água, e nem se há relação entre os dois fatos, mas a visita do governador do Paraná acabou sendo cancelada.

Confraternizando


O deputado Amarildo Cruz (PT) reúne seu staf político e alguns colaboradores de campanha neste sábado, em um espaço de eventos da Capital, para uma confraternização, que deve reunir companheiros petistas. Apesar da festa ser apenas para comemorar a chegada do fim do ano, os assuntos referentes à disputa eleitoral do ano que vem não devem faltar no cardápio.
Substituição


Depois de dar uma “chamada” na secretária Nilene Badeca (Educação), por não lhe convidar para agenda lotada de eleitores, Puccinelli brincou que iria substituí-la e pediu sugestão a Wantuir Jacini (Segurança). Ele indicou, em tom de piada, o nome do Coronel Orti, que deixou o comando da PM debaixo de protestos e críticas da tropa, devido ao seu jeito “linha dura”.

Carona amiga


Diretor do Inmetro, Ademir Osiro deixou o PDT para se filiar ao DEM, com projeto de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. A esperança é pegar uma carona na votação esmagadora que promete ter o tucano Reinaldo Azambuja em 2010.
Expectativa


O senador Delcídio do Amaral “comemorou” de forma discreta os últimos acontecimentos de mensalão no DEM, envolvendo o governador José Roberto Arruda (DF). “Depois de andar pelo MS e me deparar com os últimos acontecimentos em Brasília, constato que o PT fica mais perto da taça em 2010”, espetou.

Estrangeiro


O sócio-proprietário da empresa Multidados Marco Aurélio insistiu em trocar o nome de MS por MT na apresentação de pesquisa no diretório do PT. O mineiro chamou tantas vezes Mato Grosso do Sul de Mato Grosso, apesar das insistentes correções dos jornalistas, que até o deputado estadual Pedro Teruel (PT) comentou: “ele não é daqui mesmo”.
Patrícia Pillar


Parte da pesquisa Multidados, feita a pedido do PT, tenta simular as informações que a população terá no dia da eleição, apresentando informações sobre os possíveis candidatos, entre elas, que Ciro Gomes (PSB) é marido de Patrícia Pillar, Marina Silva é filiada ao PV e Dilma Rousseff (PT) já foi presa política na época da ditadura.

Mulher


A Tendência Pesquisa chegou à conclusão que os votos de André se devem aos resultados da atual administração e os de Zeca pela atuação na área social e pelo apoio do funcionalismo público. Já Pedro Pedrossian é lembrado pelas gestões anteriores e Iara Costa tem votos simplesmente por ser mulher.
Na TV


Mesmo em crise, o futebol de MS vai aparecer na TV graças a Copa São Paulo. O Operário, rebaixado para a 2ª divisão estadual, vai aparecer na ESPN, enfrentando o São Paulo, no dia 6 de janeiro. E o Comercial, que escapou por um triz do rebaixamento, vai aparecer 3 vezes: contra o Santos, no dia 4 (ESPN); o Rio Claro-SP, no dia 7 (SporTV), e contra o ABC-RN, no dia 10 (Rede Família).

Rock literário


O festival de música independente Fogo no Cerrado, que começa hoje, entrou na campanha do natal cultural, de doação de livros. Quem comprar ingresso ou passaporte, na Rock Show, em Campo Grande, e entregar um livro junto, paga meia. O passaporte cai de R$ 30 para R$ 15 e o ingresso de R$ 20 para R$ 10. Os livros vão para orfanatos e asilos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Deputados querem indicar candidato a vice de André - Celso Bejarano Jr. e Valdelice Bonifácio




Deputados estaduais aliados do governo já criam um movimento para lançar o candidato a vice pela chapa do governador André Puccinelli, interessado na reeleição. A ideia foi divulgada hoje pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Youssif Domingos, também peemedebista. O presidente da Casa, Jerson Domingos, é um dos preferidos pela composição.

Vinte dos 24 deputados da Assembleia ou são do PMDB ou são ligados ao governador. Já Puccinelli, disse que ele mira seu vice por meio de resultados de pesquisas. “Como sempre fiz: vou pelas pesquisas qualitativas e quantitativas”, disse ele.

“Somos 20 deputados estaduais atrelados a 85% das prefeituras do Estado, logo seria justo participarmos da chapa de Andre Puccinelli”, disse o deputado Youssif Domingos.

O líder do governo disse que ainda não sabe os critérios que serão aplicados para a escolha do vice, e adiantou que o nome a ser escolhido ainda não está definido. Ele garante que está fora da proposta. Marquinhos Trad, outro peemedebista ligado a Puccinelli, também não quer a indicação.

Nos bastidores, no entanto, o nome de Jerson Domingos é o mais comentado.

A proposta revelada por Youssif imita a da Câmara Municipal adotada na reeleição do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). À época, o movimento dos vereadores indicou o presidente da Casa, Edil Albuquerque, hoje vice-prefeito de Campo Grande.

Outra intenção dos aliados de Puccinelli é a indicação do candidato ao Senado. Youssif disse que esse projeto deve ser discutido a partir do dia 13, quando o PT promete oficializar a candidatura de Zeca ao governo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PT lança Zeca e Delcídio em café da manhã no dia 13 - Valdelice Bonifácio

No dia 13 dezembro o PT de Mato Grosso do Sul servirá um café da manhã para 1013 filados no Espaço de Eventos Grand´Mere Buffet, no Carandá Bosque, em Campo Grande. Na ocasião, serão lançadas as pré-candidaturas de Zeca do PT ao governo do Estado e a do senador Delcídio do Amaral à reeleição.

Presidente eleito do diretório regional do PT, Marcus Garcia conta que o senador Delcídio se encontrará com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata a presidência da República, pelo partido e reforçará o convite para que ela participe do evento na Capital.

O convite será estendido ainda a lideranças nacionais do partido como José Eduardo Dutra, presidente eleito da sigla.

“Ainda não definimos como será a dinâmica do evento, quem fará uso da palavra e por quanto tempo. Mas, tudo será fechado nesta semana”, adianta o petista.

Aliás, na tarde de hoje, o presidente eleito participa de reunião no PT regional para tratar da estratégia política do evento. Na ocasião, se discutirá é se haverá participação das lideranças do interior no pré-lançamento de Zeca e Delcídio.

O ex-governador também participa de reunião do PT hoje às 16 horas, conforme Marquinhos. “Ele conversará com todos os presidentes eleitos de diretórios municipais do PT. A ideia é analisar a conjuntura política em cada cidade”, adianta. O atual presidente do PT, deputado Amarildo Cruz também deve participar.

domingo, 29 de novembro de 2009

Petistas atrelam movimento pró-Dilma em MS ao lançamento de candidatura ao governo (Valdelice Bonifácio)

Coordenador da Comissão de Prefeitos e Vices do PT de Mato Grosso do Sul pró-candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, participa na próxima quarta-feira, dia 2, de reunião com dirigentes nacionais do partido em Brasília.

Por hora, ele ainda não deu a partida no movimento pró-Dilma o que deve ocorrer dias antes do lançamento da candidatura do ex-governador Zeca do PT, no dia 13 de dezembro.

Da reunião com dirigentes em Brasília, o prefeito pretende trazer uma estratégia para os prefeitos atuarem no Estado.

O segundo passo é reunir os prefeitos e vices do partido no dia 11 ou 12 de dezembro, exatamente às vésperas do evento festivo que deve lançar a pré-candidatura Zeca do PT ao governo e a do senador Delcídio do Amaral à reeleição.

Em seguida, Ruiter com a ajuda dos demais prefeitos e vices do PT iniciará diálogo com prefeitos de outros partidos simpáticos à candidatura de Dilma à presidência.

Inicialmente, Ruiter pretendia dar o ponta-pé inicial no movimento pró-Dilma logo após o PED que foi realizado em 22 de novembro.

Os petistas criaram as comissões pró-Dilma composta por prefeitos e vices para atuar em todos os estados do País.

O grupo terá a atribuição de promover debates, articular apoio e traçar estratégias para a campanha da ministra-chefe da Casa Civil à presidência da República em 2010.

A criação de comissões faz parte de uma estratégia do partido de destinar responsabilidade aos governantes municipais, assim como em campanhas petistas passadas, para viabilizar a eleição de Dilma Rousseff.

Em Mato Grosso do Sul, o PT que esteve no governo do Estado até 2006, conta com 10 prefeitos, 7 vice-prefeitos e 78 vereadores.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cúpula do PMDB já fala em 'aliança heterodoxa' em MS

João Prestes, com Agência Brasil

O PT e o PMDB farão, a partir de agora, um acompanhamento constante das composições que começam a ser formadas para as eleições estaduais de 2010 a fim de reduzir ao máximo as influências estaduais na aliança nacional. Por conta disso, as reuniões de avaliação entre as cúpulas dos dois partidos serão intensificadas, a começar por hoje. Dirigentes dos dois partidos se reuniram na sede nacional do PT, em Brasília, para fazerem um mapeamento da atual conjuntura.

Duas conclusões foram tiradas do encontro: a necessidade urgente de trabalhar situações mais delicadas, como é o caso da Bahia e do Pará, e os casos já considerados perdidos, no qual se incluem Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pernambuco, a direção nacional do partido já admite o que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de "alianças heterodoxas". O PMDB pode armar palanque para o candidato do PSDB, possivelmente o governador de São Paulo, José Serra, nestes estados.

A anuência da cúpula nacional às "alianças heterodoxas" pode ser uma saída para aprovar sem dificuldades a parceria com o PT em torno de Dilma Rousseff. A candidata leva o tempo de rádio e TV do partido, mas não leva na totalidade suas lideranças. Jucá entende que o acordo com Dilma é um caminho sem volta.

O parlamentar destacou, entretanto, que o PMDB é um partido com “musculatura muito forte”, que tem a maioria dos vereadores e deputados estaduais, além disso forma a maior bancada na Câmara e no Senado, com as respectivas presidências das casas. Ele considerou natural que o partido componha com o PT a chapa para eleição de Dilma Rousseff.

Outros casos

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) afirmou que, na Bahia, está praticamente definido que a ministra Dilma Roussef terá que fazer sua campanha em palanques peemedebista e petista, mas ainda há possibilidade de, pelo menos, criar regras de convivência entre os dois partidos durante a campanha. Já no Pará, até por causa de uma disputa acirrada onde não há um candidato com chance de vitória definida, a senadora destacou que ainda há espaço para conversas entre o deputado Jader Barbalho (PMDB) e a governadora Ana Júlia Carepa (PT).

Já em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco a disputa entre PT e PMDB é tão acirrada que sequer há espaço para qualquer tipo de negociação. “Você acha, por exemplo, que tem como nós conversarmos com o [senador] Jarbas Vasconcelos (PMDB), em Pernambuco?”, destacou Ideli Salvatti.

Outra preocupação das duas cúpulas partidárias está nos estados com maior eleitorado. Ela citou o caso de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do país, respectivamente. Nos dois estados, PT e PMDB terão que “trabalhar ao máximo” numa composição, uma vez que, em São Paulo, não há possibilidade de união em torno de Dilma Rousseff e, na Bahia, quarto colégio eleitoral do país, a campanha da ministra ocorrerá em palanques diferentes.

Ela também comentou a possibilidade de o PSB, aliado tradicional, lançar a candidatura própria do deputado Ciro Gomes (CE) que tem crescido nas pesquisas de opinião. “Estratégico é o PT e o PMDB. Essa é a espinha dorsal da continuidade do avanço que se tem conseguido”, afirmou.

Salvatti disse, ainda, que as conversas com os socialistas ocorrerão depois de consolidada a aliança nacional com os peemedebistas. Segundo a senadora, não existe motivos para modificar um modelo de aliança que tem dado certo ao longo dos anos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Petistas vão às urnas para reforçar candidatura de Zeca



Edivaldo Bitencourt
Simão Nogueira
Ex-governador Zeca diz que eleições internas consolidam "definitivamente a candidatura própria ao governo do Estado
Petistas foram às urnas neste domingo para eleger o novo presidente regional do partido, o ex-vereador de Paranaíba, Marcus Garcia. No entanto, a maior parte dos 42,4 mil filiados participou do PED (Processo de Eleições Diretas) compareceu com o objetivo de demonstrar unidade da sigla no Estado e respaldar a pré-candidatura do ex-governador Zeca do PT ao Governo do Estado em 2010.

Como a mobilização dos filiados é grande na maior parte dos municípios, o ex-governador chegou para votar otimista com o resultado. Consolida definitivamente a candidatura própria, afirmou, ao lado do senador Delcídio do Amaral, do deputado federal Vander Loubet, dos deputados estaduais Pedro Kemp, Paulo Duarte e Pedro Teruel, do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) e da esposa, Gilda dos Santos.

Ele chegou a falar que houve fila para votar até em municípios pequenos. Em Campo Grande, o movimento de filiados é intenso desde o início da manhã. Para Zeca do PT, o PED é a interpretação do momento, com uma militância motivada e comprometida com a candidatura própria a governador.

Até o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), visto com desconfiança pelos defensores da candidatura própria, admitiu que a candidatura de Zeca ao Governo é irreversível. Não tem mais clima para a aliança com o PMDB, afirmou o parlamentar, apesar de contabilizar a aliança entre o PT e o PMDB em 26 dos 78 municípios sul-mato-grossenses.

Ânimo  A ameaça de motim ou de uma intervenção federal para sacramentar o apoio dos petistas à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB) impulsionou a militância petista a ir às urnas hoje. Vim dar apoio ao partido, demonstrar união, chega de ficar em cima do muro, justificou-se a vendedora Maria Clarice Domingos Gonçalves, 49 anos, dos quais 20 filiados ao PT.

O PT ta meio dividido, então a gente tem que ter bom senso e demonstrar força e unidade, afirmou o soldador José Antônio Pinto, 32, filiado há cinco anos. O Zeca tem que ser candidato, fez um bom trabalho, comentou.

O PT deve lançar candidato próprio, defendeu o agente de saúde Dirceu Francisco Queiroz, 59, dos quais 15 como petista. Vamos mostrar a força da militância para o Zeca ser candidato, conclamou o consultor de vendas Ledinei da Silva Santos, 24, filiado há quatro anos.

Mesmo tendo que trabalhar neste domingo, o vigilante Divino da Silva, 40, filiado há um ano, levou toda a família Para a votação no prédio da Câmara Municipal da Capital. O militante está motivado pela possibilidade do Zeca ser candidato, analisou o candidato a presidente municipal de Campo Grande, João Rocha, que se tornou candidato de consenso.

Unidade  A desistência de Jairo Nóbrega, o Jairão do PT, reforçou o discurso de unidade da sigla. É a unidade para demonstrar à nacional que o PT (de Mato Grosso do Sul) quer a candidatura própria, afirmou a vereadora e atual presidente do diretório municipal do PT, Thaís Helena.

Juntos somos muito fortes e vamos fazer uma grande campanha em 2010, prometeu o senador Delcídio. Ele e Zeca do PT esperam que mais de 10 mil dos filiados devem votar neste domingo no Estado.

É o gesto de unidade, que se consolida a partir de amanhã, afirmou Vander, que espera a adesão do PDT, PTB, PMN, PCdoB e outros partidos à aliança em torno da candidatura do tio, Zeca do PT, ao Governo. Todos descartaram a possibilidade de intervenção no diretório regional para forçar a aliança com os peemedebistas.

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22/11/2009
09:57 - Eleição do PT fica com chapa única em MS e na Capital

sábado, 14 de novembro de 2009

Moka reafirma que se PT não ceder PMDB vota contra aliança - Valdelice Bonifácio

O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) disse hoje durante evento do governo do Estado, no Guanandizão, que em Mato Grosso do Sul não haverá dois palanques para a possível presidenciável do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Se os petistas tiverem candidato ao governo, o PMDB apoiará o presidenciável do PSDB e ainda votará contra a aliança nacional na convenção marcada para junho.

“Dois palanques não vão ter. Se os petistas mantiverem a candidatura ao governo. A tendência do PMDB de Mato Grosso do Sul é dar voto contrário à aliança nas convenções”, reafirmou. Nacionalmente, o PMDB tenta amarrar aliança com o PT, mas depende do apoio dos diretórios regionais para aprovar o acordo.

Ao contrário da avaliação que fazia anteriormente, Moka disse hoje que não há qualquer impedimento em relação ao apoio ao candidato tucano à presidência da República. “Se fizermos uma aliança formal com o PSDB no Estado, não há problemas em fazermos campanha para o Senado. Ele pode participar dos nossos comícios, aparecer em propaganda de rádio e TV e materiais de campanha. Não há qualquer impedimento legal”, atesta.

Antes, ele tinha opinião diferente. Acreditava que mesmo sem a verticalização que deixou de existir, não poderia receber o candidato tucano em palanque oficial, embora não estivesse obrigado a receber Dilma Rousseff. “Mas, o Michel Temer [presidente da Câmara Federal] me explicou que não funciona assim”, contou.

André e Murilo anunciam motim no dia das eleições internas do PT


Valdelice Bonifácio

Durante encontro estadual do Democratas, na Câmara de Campo Grande, nesta manhã, o governador André Puccinelli (PMDB) e o vice Murilo Zauith (DEM) anunciaram o que eles mesmos chamaram de motim e que acontecerá no dia 22 de novembro, data das eleições internas do PT.

O primeiro a levantar o assunto com ar de mistério foi o vice-governador. “Eu havia dito que alguns fatos importantes aconteceriam na convenção do PDT. E de fato aconteceram. Agora, teremos no dia 22 as eleições do PT. Depois disso, as lideranças vão ficar mais à vontade para falar”, mencionou Murilo.

Questionado pelos repórteres, o vice-governador se recusou a revelar detalhes sobre o possível novo cenário que pode surgir no pós-PED (Processo de Eleições Diretas) do PT.

Pouco depois, quando discursava o governador André Puccinelli chamou os democratas de companheiros e disse que a parceria pode continuar. “O futuro Deus sabe”, citou.

Mais adiante, explicou que quem comanda o Estado tem que ter cautela ao tratar de alianças já que o governo depende de outras forças políticas. Em seguida incorporou fato histórico à sua fala. “Como ocorreu em 13 de maio de 1888 [data da abolição da escravatura], os grilhões são cortados quando o povo se insurge. O motim está próximo”, anunciou.

André deixou o plenário sem esclarecer o que quis dizer com "o motim está próximo". “Depende do que vai acontecer no dia 22. O que tem mesmo no dia 22? O Murilo que me falou. Ele sabe”, despistou mandando os repórteres procurarem o vice-governador.

Murilo, por sua vez, manteve silêncio sobre o assunto no restante do evento.

Aliança

Pouco antes do anúncio do motim, Murilo disse à imprensa que acreditava na manutenção da aliança com o ex-governador. “A presença dele aqui sinaliza isso”, disse.

Questionado se não era desconfortável tratar da aliança com o governador sabendo que ele ainda espera um sinal dos petistas, Murilo adotou um tom misterioso e disse que os acontecimentos em relação ao PT dependeriam das eleições do dia 22.

Como se sabe, André Puccinelli aguarda a cúpula nacional do PMDB e do PT enquadrarem os petistas no Estado para impedir que eles lancem a candidatura de Zeca do PT ao governo.

Os petistas insistem no lançamento de Zeca, mesmo sabendo que lideranças nacionais do PT preferem que haja acordo como forma de facilitar a aprovação da aliança nacional na convenção do PMDB. Se Zeca for candidato, os delegados do PMDB regional votarão contra a aliança nacional.

Hoje, André reafirmou que continua esperando os acontecimentos quieto, mas assegura que não teme concorrer com Zeca do PT. “Se vier o Zeca eu o enfrento. Não estou brigando nem ofendendo ninguém”, assegura.

Alessandra de Souza
Murilo, André e Marisa confabulam durante evento do Democratas na Câmara

À convenção realizada na Câmara, compareceu também a senadora Marisa Serrano e outras lideranças do DEM e do PSDB.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Zeca do PT arrecada R$ 190 mil em jantar para eleições



Ângela Kempfer
Divulgação
Jantar ocorreu na noite de ontem no Restaurante Yoted
Segundo cálculos do PT, em uma noite o partido conseguiu colocar em caixa R$ 190 mil em jantar promovido para capitalizar o partido.

A festa teve ar e discursos já de campanha, que virá em 2010 caso seja confirmado o nome de Zeca do PT para a disputa com o governador André Puccinelli (PMDB).

O palco do restaurante Yoted, em Campo Grande, virou palanque, com apoiadores do PDT, como João Leite Schimidt e o deputado federal Dagoberto Nogueira e o vereador Paulo Pedra.

O senador Delcídio do Amaral não apareceu, mas enviou uma carta justificando a ausência e reforçando o apoio ao petista.

Como foi padrinho de casamento em Fortaleza (CE), o senador relatou a Zeca que foi obrigado a faltar, mas escreveu ressaltou o seu “compromisso com a candidatura própria ao governo do Estado”.

A carta foi lida pelo próprio Zeca, para as 380 pessoas que compraram a R$ 500,00 o convite de adesão, segundo números do PT. Na relação divulgada estão empresários, comerciantes, prefeitos e ex-prefeitos, vereadores e dirigentes do partido.

Marcus Garcia, que deve ser confirmado como presidente regional do PT nas eleições internas do dia 22 de novembro, representou oficialmente o Senador.

Também jantaram ao lado de Zeca membros de partidos que prometem integrar aliança do PT e ex-colaboradores durante o mandato no governo do Estado, como o ex-prefeito de Aquidauana Felipe Orro, o ex-deputado Federal Oscar Goldoni, o ex-secretário de Segurança Pública Franklin Masruha,

A noite também reuniu o presidente do PT, Amarildo Cruz, os deputados Federais Antonio Carlos Biffi, Dagoberto Nogueira, Vander Loubet, os estaduais, Pedro Kemp, Pedro Teruel, Paulo Duarte, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, e os vereadores Thais Helena e Cabo Almi.

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sábado, 31 de outubro de 2009

PTB quer ser terceira via em 2010, mas aceitaria vaga de vice

Valdelice Bonifácio

O PTB pretende lançar candidato ao governo do Estado nas eleições de 2010. “Os partidos têm de oferecer opção aos eleitores. Do contrário, eles vão decidir apenas entre PT e PMDB”, avalia o presidente regional do PTB, Ivan Louzada. Contudo, ele informa ter proposto a participação do PTB como vice no projeto de Zeca do PT e também no de Marisa Serrano, cujo partido, o PSDB, ainda não definiu se lança candidato ao governo ou se apoia a reeleição de André Puccinelli (PMDB).

O partido, inclusive, já tem opções de candidatos ao governo. Em evento realizado neste mês em Mundo Novo, o empresário Zelito Ribeiro de Aquidauna assumiu pré-candidatura ao governo do Estado pelo PTB. Porém, Ivan Louzada esclarece que a legenda tem outras opções de candidatura. Ele cita o pecuarista Italívio Coelho Neto, cujo avo Italívio Coelho foi senador.

Há ainda o ex-deputado estadual Valdenir Machado, de Dourados. “Temos nomes para ocupar o espaço que os outros partidos não ocupam que é de oferecer à população ao invés de deixar a disputa só entre André e Zeca”, menciona.

Zeca, aliás, mencionou em recente entrevista coletiva ter se reunido com Zelito Ribeiro e proposto que ele participasse de seu futuro governo. Louzada diz ter tomado conhecimento do encontro pela imprensa e esclarece que o partido se organiza para lançar candidato próprio.

“Eu havia conversado com o Zeca há quatro meses. Disse a ele o mesmo que eu disse a Marisa. Só participaríamos do projeto se tivéssemos espaço na chapa majoritária, ou seja, a vaga de vice ou de senador”, relembra.

Depois disso, o dirigente não conversou mais com Zeca do PT. “Por hora, organizamos nossa candidatura própria”, afirma.

Conforme o dirigente, o partido tem atualmetne 14 mil filiados, três prefeitos (Maracaju, Aral Moreira e Selvíria), três vices (Rio Negro, Bodoquena e Ladário), 29 vereadores, sendo oito presidentes de câmaras.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Zeca afirma que Dilma está trabalhando para PR apoiá-lo

Campo Grande News


Paulo Fernandes
Marcelo Victor
Zeca segura réplica de chuteira que foi de Garrincha, ídolo do Botafogo


Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, o ex-governador Zeca do PT afirmou que recebeu a informação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) de que a ministra da Casa Civil e pré-candidata a presidente da República, Dilma Roussef, está trabalhando para que ele (Zeca) obtenha o apoio do PR, hoje inclinado a apoiar o governador André Puccinelli (PMDB).

Ex-aliado de Zeca durante o governo passado, o PR passou a ficar mais próximo do que nunca de Puccinelli quando o secretário Edson Giroto (Obras), homem de confiança do governador, se filiou ao partido.

Hoje, o partido mais próximo do PT é o PDT, que perdeu diversas lideranças e quase todos os deputados estaduais (à exceção de Antônio Braga) após manobra do deputado federal Dagoberto Nogueira visando as eleições de 2010.
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em MS, líderes do PT e do PMDB divergem sobre modelo de aliança nacional


Valdelice Bonifácio
Diferente do ocorre nacionalmente, em Mato Grosso do Sul lideranças do PT e do PMDB divergem do modelo de convivência proposto pela cúpula peemedebista que costura apoio aos petistas para as eleições presidenciais de 2010. O ex-governador Zeca do PT, por exemplo, diz que o acordo é viável. Já o deputado federal Geraldo Resende, do PMDB, diz que o Estado tem peculiaridades que precisam ser melhor discutidas.

Ontem, o líder do PMDB na Câmara Federal e um dos principais articuladores da aliança nacional, Henrique Eduardo Alves, informou que onde não houver possibilidade de unir as siglas haverá dois palanques, sendo um para Dilma Rousseff, possível presidenciável do PT, e outro para o vice que deve ser do PMDB.

Como se sabe, o governador André Puccinelli (PMDB), que disputará a reeleição, já disse em várias ocasiões que se o PT lançar candidato ao governo do Estado ele apoia o presidenciável do PSDB.

Mas, para Zeca do PT, a solução proposta pelo PMDB “é inteligente” e serve para o caso de Mato Grosso do Sul onde os dois partidos são rivais históricos. “Assim, a Dilma poderia ficar no nosso e o Michel Temer [nome cotado para ser indicado à vaga de vice] no do André”, comentou Zeca.

Já para Geraldo Resende, o PMDB precisará rediscutir a quem oferecerá seu palanque. “O André Puccinelli já havia dito que se não tivesse o apoio do PT no Estado, ele não teria compromisso com a Dilma”, destacou.

“A realidade de Mato Grosso do Sul se diferencia muito da nacional”, completa Resende, citando ainda que na aliança de André Puccinelli há partidos que querem apoiar o candidato tucano à presidência e há também quem pretenda dar sustentação à candidatura de Ciro Gomes (PSB).

Ainda conforme Geraldo, os dois partidos fecharam apenas um pré-acordo eleitoral. “É como se fosse um pré-acordo nupcial. O casamento pode não acontecer”, avalia.

Na noite de ontem, em jantar realizado no Palácio da Alvorada, ficou acertado que o PT ficará com a cabeça da chapa, provavelmente com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o PMDB, com a vice. Os dois partidos preferiram falar em pré-acordo, que só será sacramentado após as convenções partidárias, a serem realizadas ao longo do ano que vem.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Petistas vêem na vinda de Zé Dirceu sinal de apoio a Zeca



Midia max


João Prestes e Valdelice Bonifácio

Os petistas fazem uma leitura positiva da vinda do ex-ministro Zé Dirceu ao Estado, amanhã (21), acompanhando o candidato a presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. No entender do deputado estadual Pedro Kemp, a visita de Zé Dirceu “dará impulso” à candidatura do ex-governador Zeca do PT. Havia boatos de que a missão de Dirceu poderia ser exatamente o contrário: tentar um último esforço para unir PT e PMDB no Estado.
Ao mesmo tempo em que Zé Dirceu e Dutra visitam Campo Grande, as cúpulas do PT e do PMDB devem fechar um préacordo em apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República. Mato Grosso do Sul pode ficar de fora do negócio, tendo em vista que os dois partidos se preparam para a disputa na eleição do ano que vem.

Kemp assegura que não há pressão de nenhuma liderança nacional do PT para que o partido retroaja na disposição de disputar o governo em Mato Grosso do Sul. Sequer sugestão nesse sentido teria havido, diz o parlamentar. Ao contrário, em reunião recente entre os deputados Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet e o senador Delcídio do Amaral (ambos do PT) com a ministra Dilma, a situação política do Estado foi colocada. Dilma teria assegurado que não haverá imposição da cúpula do PT caso o partido decida lançar candidato próprio, confrontando a candidatura do PMDB à reeleição.

O próprio Zé Dirceu já fez declarações nesse sentido, em outras ocasiões em que visitou o Estado. Por essa razão, os petistas estão confiantes na vinda de Dirceu e Dutra. A reunião será na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), localizada na rua 26 de Agosto, às 18h30.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Marisa acredita que PMDB nacional vá liberar André para apoiar candidato tucano em 2010

Marisa acredita que PMDB nacional vá liberar André para apoiar candidato tucano em 2010



Valdelice Bonifácio

Na avaliação da senadora Marisa Serrano (PSDB) a cúpula nacional do PMDB vai liberar os diretórios regionais para definir o arco de alianças para as eleições de 2010. Nacionalmente, PMDB e PT costuram aliança para disputar a presidência da República. “O PMDB sempre dá autonomia”, diz.

Este, inclusive, é o desejo do governador André Puccinelli (PMDB). Ele chegou a tentar aliança com os petistas em Mato Grosso do Sul, mas esbarra no desejo do partido de lançar Zeca do PT ao governo do Estado.

Agora, ele quer evitar que PMDB e PT se aliem formalmente sob pena de prejudicar sua provável aliança com o PSDB. Apesar da verticalização não vigorar mais, a aliança nacional cria limitações para os candidatos a governador nos Estados. André não teria a obrigação de receber Dilma Rousseff, presidenciável do PT, em seu palanque, mas, também não pode oferecer apoio oficial ao candidato tucano.

Os dois não poderiam, por exemplo, aparecer juntos em palanque oficial e nem na propaganda eleitoral em rádio e televisão.

Marisa Serrano reconhece que se fechada a aliança nacional entre PT e PMDB a aliança local ficaria prejudicada. “Realmente, haveria prejuízos, mas por enquanto são apenas hipóteses”, afirma.

Na análise da senadora, André já deu mostras de que abandonou a ideia de aliança com o PT e quer o BDR (Bloco Democrático Reformista) composto por PSDB, DEM e PPS em seu palanque.

“Tanto é que ele permitiu que o deputado estadual Diogo Tita que é ligado a ele migrar do PMDB para o PPS”, exemplificou.

André, por sua vez, pretende bradar na convenção nacional contra aliança entre PT e PMDB. “Não vai ter cenário nacional sem a participação do Andrezinho, temos 27 delegados na convenção”, afirmou em referência ao número de representantes do PMDB de MS.

Saiba mais sobre a atitude do governador nas notícias abaixo:

Distante do PT, André quer que PMDB nacional libere estados



Valdelice Bonifácio
10/10/2009 13:50



Valdelice Bonifácio
Em clima de campanha, André cumprimenta populares na praça

Pela primeira vez desde que a aliança entre PMDB e PT passou a ser tratada como um compromisso formal em âmbito nacional para as eleições de 2010, o governador André Puccinelli (PMDB), até então em silêncio sobre o assunto, criticou a decisão da cúpula de seu partido. Disse que a atitude é antecipada e defendeu que o PMDB lance candidatura própria ou não faça alianças para liberar o partido nos estados.

“E se chegar no ano que vem e a Dilma Rousseff [provável presidenciável do PT] não sair candidata. E se o José Serra [governador de São Paulo nome que está sendo avaliado pelo PSDB] não for candidato. E aí quem já tiver anunciado o apoio fica embaixo com a broxa na mão. É muito cedo. Lá em março é que vamos saber quem é candidato e quem não é”, afirmou.

André se mostrou contrariado com a atitude da cúpula do PMDB de declarar apoio à Dilma Rousseff sem antes ouvir o conselho político do partido. O governador mencionou que lideranças do PMDB como presidente do Senado José Sarney (AP), o senador Renan Calheiros (AL) e o presidente da Câmara Federal Michel Temer (SP) – cotado para vice de Dilma -- não podem tomar sozinhos uma decisão que interessa a todo partido.

“Eu liguei para o Michel Temer e perguntei quando é que eles vão chamar o conselho para conversar. Nós queremos ser ouvidos”, informou salientando que participan do conselho, os governadores do PMDB e os presidentes dos diretórios regionais da sigla.

O governador só evita falar em prejuízos políticos para sua candidatura à reeleição na hipótese da aliança entre PMDB e PT vingar nacionalmente. Mas, sabe-se que ele pagaria um alto preço.

Apesar da verticalização não vigorar mais, a aliança nacional cria limitações para os candidatos a governador nos Estados. André não teria a obrigação de receber Dilma Rousseff em seu palanque, mas, também não pode oferecer apoio oficial ao presidenciável tucano.

Os dois não poderiam, por exemplo, aparecer juntos em palanque oficial e nem na propaganda eleitoral em rádio e televisão.

O governador que chegou a se esforçar por uma aliança local com os petistas, hoje pôs fim a qualquer possibilidade de entendimento.

Publicamente, ele desafiou o ex-governador Zeca do PT a concorrer em 2010.

“Não vou propor acordo nenhum. Ele [Zeca] não fica dizendo que se desistir vão dizer que se vendeu? Primeiro que ninguém quer comprar e eu o estou desafiando a ser candidato”, mencionou.

A declaração prova que o governador vê Zeca do PT como seu adversário. Hoje, ao percorrer a Praça Ary Coelho cumprimentou populares e se entregou a comparações com ex-governador. Mencionou que em Campo Grande ele é muito mais popular que o petista e que as urnas comprovarão que está dizendo a verdade.

Com Zeca candidato, André não dará palanque a Dilma. Deve apoiar o candidato do PSDB daí querer evitar que a aliança entre PMDB e PT se consolide nacionalmente.

Embora reconheça que é difícil André sugere que o PMDB lance candidato à presidência da República. Ele menciona que o senador Pedro Simon (RS) e o governador do Paraná, Roberto Requião seriam bons nomes.

“É difícil a chance é de apenas 1%. Mas, eu acho que o partido tem de respeitar as peculiaridades dos estados”, afirmou.

Questionado se um possível recuo do PMDB em apoiar Dilma não seria prejudicial para o partido, uma vez que a legenda tem ministérios importantes no governo, André mencionou não se importar com isso, porque está focado na situação local.









13h50

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Delcídio já fala com cautela sobre relação de PT e PMDB


João Prestes e Valdelice Bonifácio
Alessandra de Souza


As declarações do senador Delcídio do Amaral (PT), durante a inauguração do frigorífico Bertin, hoje pela manhã, deixam dúvidas sobre o destino do cenário político do Estado. Antes defensor incondicional da candidatura própria ao governo pelo PT, Delcídio preferiu a cautela ao tratar do assunto. “O tempo dirá”, foi sua resposta mais enigmática, quando indagado se haveria a possibilidade de o presidente Lula tentar convencer o ex-governador Zeca do PT a desistir da candidatura.

Delcídio disse que, para as cúpulas do PMDB e do PT, Mato Grosso do Sul não figura entre os casos de acordo impossível entre os dois partidos. Entretanto, ele frisa que, primeiramente, a aliança será tratada em nível nacional, depois se discutirá as questões localizadas. “Não dá para dizer que o cenário local está definido”, disse o senador.

As cúpulas do PMDB e do PT concordam que há dificuldades para juntar os dois partidos em um mesmo palanque em Mato Grosso do Sul, porém ainda acreditam que isso seja possível. O ex-governador Zeca do PT tem reafirmado, sempre que instado, o caráter irrevogável de sua candidatura. “Nem o Lula me impede de ser candidato”, tem repetido Zeca.

Delcídio concorda que Lula não vai impor nada ao amigo Zeca do PT. Um pedido desses será feito diretamente ao ex-governador, frisou. E Zeca tem o direito de recusar.

8% de pressão

Já o governador André Puccinelli demonstra que não vai desistir fácil de barrar a candidatura petista. O trunfo são os votos que afirma ter na convenção nacional. André joga duro, promete levar os 27 convencionais do PMDB – que representam 8% do total – a rejeitar o apoio a Dilma Rousseff, caso o PT não apoie sua candidatura e desista de lançar Zeca.

“Não vai haver cenário nacional sem a participação do Andrezinho”, avisou o governador, no mesmo evento em que participou o senador Delcídio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Jogo Aberto: Puccinelli revela quem é seu "aliado" no PT

Os tempos mudam


O governador André Puccinelli (PMDB) se recordou, no sábado, da época em que ele e o hoje arquiinimigo Zeca do PT eram os únicos opositores ao governo Pedro Pedrossian na Assembléia Legislativa. De tão parceiros, André conseguia até medicamentos de alto custo para o petista. Ou seja: alguma coisa juntos os dois já fizeram nesta vida!
Fim do mistério


Puccinelli, que estava fazendo mistério sobre quem seria o petista que supostamente é seu aliado na Assembleia Legislativa, acabou fazendo revelações. Ele afirmou que o dito cujo vive lhe acompanhando em agendas pelo interior e que esteve recentemente em Ribas do Rio Pardo. O único petista que compareceu ao evento foi Pedro Teruel.
De birra


Puccinelli e o deputado Paulo Duarte (PT) travam uma guerra de nervos nos bastidores por causa de um pedido de empréstimo ao Bird. O parlamentar solicitou explicações sobre o destino que tomarão os U$$ 300 milhões, mas o governador até agora nada. O petista disse que não devolve o projeto para ser votado em plenário enquanto as informações não chegarem.
Gafes mil


O deputado Youssif Domingos (PMDB) comentou ontem, revoltado, mais um erro cometido com o nome do Estado: a capa da revista Globo Rural traz a frase “Pantanal Mato-grossense”, mas a reportagem se refere ao lado de cá. Recentemente, a GloboNews disse que o jogo entre Brasil e Venezuela seria em Cuiabá, no Mato Grosso do Sul.
Celebridade


Em data ainda a ser definida (possivelmente dia 27 de outubro), o criativo Marcelo Rosembaum, do quadro Lar Doce Lar, do Caldeirão do Huck, deverá conferir de perto a Casa Cor em Campo Grande. A vinda é patrocinada por uma loja de construção e uma marca de tintas.
Apropriação indébita


O vereador Fredson Freitas (PDT), de Paranaíba, ficou “indignado” e fez até nota de repúdio por causa de uma matéria da assessoria de imprensa da Prefeitura, publicada em um jornal local, sobre sanção de um projeto dele de isenção de IPTU a portadores de doenças graves. É que “esqueceram” de citar o autor da proposta e o prefeito Zé Braquiara ficou com todo o crédito.
Vírus na Assembleia


Assessor de imprensa de um deputado estadual andou reclamando via Twitter da contaminação do computador por vírus. “Só 187 vírus no meu computador... Viva a rede da Assembleia!”, ironizou.
Oposição


Sobrinho do ex-governador Zeca, o deputado federal Vander Loubet (PT) passou 1 hora ontem no Twitter lembrando que obras do pacote lançado pelo governador André Puccinelli (PMDB) tem em grande parte verba do governo federal, do PT.
Expectativa


Faltando um dia do jogo Brasil x Venezuela, o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT-MS) não escondeu a ansiedade. “Até quarta-feira, Campo Grande é a capital do futebol brasileiro”, afirmou. Ele acrescentou ainda que o jogo “promete ser um espetáculo de boas jogadas e muitos gols”.
Minutos preciosos


Dizem que Zeca do PT não está nem aí com o fato de o PDT ter sido esvaziado, após saída em bando de aliados de Puccinelli. Teria dito a aliados que, além do candidato ao Senado, que é Dagoberto Nogueira, o que mais lhe interessa do partido é o seu precioso tempo de TV.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Jogo Aberto: Dilma diz que Zeca abre geladeira de Lula (Campo Grande News)

Rivalidade


O deputado estadual Paulo Duarte (PT) explicou porque Zeca do PT quer tanto voltar ao Governo. “A última coisa que ele quer fazer (na vida pública) é vencer o André (Puccinelli)”, disse.
Farofa


Entrevistado pelo vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), o juiz federal Odilon de Oliveira foi estrela do programa Tá na Rua, da TV Campo Grande (filial do SBT), em homenagem ao Dia do Nordestino (8). Nascido na pequena Exu, em Pernambuco, Odilon contou que gosta dos ritmos forró e baião e de comer farofa.
No papel


O deputado Júnior Mochi (PMDB) cobrou ontem a aplicação de uma lei de 2005. Ele vai acionar a Comissão de Eficácia Legislativa para fazer aplicar a Lei do Cão, sobre a posse responsável de cachorros e gatos. Estatísticas do CCZ (Centro de Controle de Zooneses) que são registrados cerca de 10 ataques de cães por dia em Campo Grande.
Descanso


Ontem (8) foi um dia raríssimo na Assembleia Legislativa. Além de não ter votação de projetos, o que acontece algumas vezes, não houve votação de mais nada, nem mesmo requerimento ou moções.
Sem pressa


Na terça-feira os deputados estaduais pareciam super apressados para votar os projetos que tornam Lei o Vale Universidade e o Vale Renda. A proposta passou em primeira análise, mas até hoje não foi a segunda votação.
Transparente


Na cerimônia de compromisso contra o trabalho infantil, ontem, na Esplanada dos Ferroviários, a plateia não conseguiu assistir parte da cerimônia da Prefeitura. Culpa de cinegrafistas e fotógrafos que, empenhados em conseguir as melhores imagens, ficaram na frente de todo mundo.
Chiadeira


Carlos Marun foi indicado para falar em nome da Assembléia durante a inauguração da nova rodoviária. Deu um falatório danado entre os deputados presentes, já que ele está licenciado e responde pela secretaria de Habitação e das Cidades.
Vendido não


O ex-governador Zeca do PT andou dizendo a companheiros de partido que se não for candidato ao governo, até sua netinha vai achar que ele se vendeu para André Puccinelli (PMDB). Afirmou que esta é a sua última campanha e que sua grande missão é vencer o PMDB. Depois, vai pendurar as chuteiras.
Relação íntima


A ministra Dilma Roussef, candidata do Planalto à presidência, afirmou que não pode fazer mais nada para impedir a candidatura de Zeca, mesmo que isso mele seus entendimentos com o PMDB. “Quem abre a geladeira na casa do Lula, é o Zeca, não eu”, comentou com articulistas políticos.
Mostrando serviço


Na disputa por espaço para concorrer à reeleição em 2010, o senador Valter Pereira (PMDB) está percorrendo o interior, principalmente para mostrar sua produção legislativa. Acha que tem muito trabalho, mas pouca visibilidade, o que pode acabar lhe prejudicando na concorrência com o deputado Waldemir Moka.